A campanha eleitoral em Ponta Grossa, um dos principais municípios do Paraná, ganha novos contornos dramáticos após a impugnação da candidatura de Marcelo Rangel (PSD) pela Justiça Eleitoral. Ex-prefeito da cidade e aliado do governador Ratinho Junior (PSD), Rangel viu sua candidatura ser questionada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) com base em irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) durante sua gestão.
Entre as principais irregularidades apontadas pelo TCE-PR estão repasses financeiros indevidos ao Instituto Educacional Duque de Caxias entre 2014 e 2015, totalizando R$ 450 mil. O tribunal identificou a ausência de devoluçao de parte dos recursos, falta de comprovação do cumprimento dos objetivos do convênio e ausência de medidas para apurar o uso indevido das verbas. A promotora Vanessa Harmuch Perez Erlich, que solicitou a impugnação, destacou que as falhas configuram improbidade administrativa, tornando Rangel inelegível.A defesa de Marcelo Rangel, por sua vez, classificou a decisão como desprovida de fundamentação jurídica e anunciou que recorrerá ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Enquanto o recurso não é julgado, Rangel permanece na disputa, o que mantém a incerteza sobre o cenário eleitoral.
A impugnação de Rangel ocorre em um momento delicado da campanha, marcada por uma disputa acirrada. Segundo a mais recente pesquisa AtlasIntel, Mabel Canto (PSDB) lidera com 24,4% das intenções de voto, seguida de perto por Rangel com 21,8% e Aliel Machado (PV) com 19,3%. A prefeita Elizabeth Schmidt (União Brasil), que busca a reeleição, aparece em quarto lugar com 17,3%. Esse levantamento está registrado no TSE sob o nº PR-01613/2024.
