O relatório Global Wealth Report, produzido pelo banco UBS, mostrou que o Brasil foi o país que mais registrou aumento na quantidade de milionários de 2021 a 2022, com acréscimo de 120 mil pessoas entre os mais ricos da sociedade. O número representa uma alta de 41%.
Segundo o levantamento do banco europeu, o número de milionários brasileiros passou de 293 mil milionários para 413 mil em 1 ano. O estudo estima que, em 2027, serão 788 mil pessoas com mais de R$ 1 milhão na conta no país –crescimento de 91% em relação a 2022.
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O Brasil foi seguido por Irã e Noruega, ambos com 104 mil milionários a mais, e por México (+ 70.000) e Rússia (+ 56.000). Na outra ponta, grandes economias, como Estados Unidos (- 1,8 milhões), Japão (- 466 mil), Reino Unido (- 439 mil) e Alemanha (- 253 mil), registraram queda.
Já o coeficiente de Gini –quanto mais próximo de 100, menor a igualdade– brasileiro ficou em 88,4 em 2022, segundo o Global Wealth Report. O índice mostra que o país é mais desigual do que a Índia (82,6) e os Estados Unidos (83). O Japão (66,3) e a Austrália (64,8) têm os menores coeficientes entre os países pesquisados.
Riqueza global
A nível global, foi registrada uma queda na riqueza global pela 1ª vez em 15 anos, desde a crise financeira de 2008. O UBS informou que, ao final do último ano, eram 59,4 milhões de milionários. O número representou um recuo anual de 3,5 milhões de pessoas.
A riqueza privada líquida total caiu US$ 11,3 trilhões em 2022, baixa de 2,4%. Agora, está em US$ 454,4 trilhões em 2022. O relatório informou que a perda de riqueza global “concentrou-se fortemente” em regiões mais ricas –como América do Norte e Europa, que perderam US$ 10,9 trilhões.
Além disso, a riqueza por adulto diminuiu para US$ 84.718, queda de US$ 3.198 (-3,6%). O número de cidadãos ultra-ricos (ou seja, que têm patrimônio maior do que US$ 50 milhões) caiu 22.500, fechando 2022 com 243.060 pessoas.
Conceito de Riqueza
Segundo o documento, “o patrimônio líquido ou ‘riqueza’ é definido como o valor de ativos financeiros mais ativos reais (principalmente habitação), propriedade das famílias, menos as suas dívidas […] Os ativos dos fundos de pensão privados são incluídos, mas não direitos a pensões do Estado”.
“O capital humano é totalmente excluído, juntamente com bens e dívidas do Estado (que não podem ser facilmente atribuídas a indivíduos).”