domingo, 23 de julho de 2017

EIKE BATISTA PÕE LAMBORGHINI E LANCHAS À VENDA PARA PAGAR DESPESAS PESSOAIS



Em prisão domiciliar e afastado de seus negócios, o empresário Eike Batista quer evitar a deterioração de bens bloqueados pela Justiça e, ao mesmo tempo, busca se livrar do custo de sua manutenção.
Carros e embarcações que eram símbolo de seu antigo império - como o Lamborghini Aventador branco que enfeitava a sala de sua casa - estão na lista dos bens que o fundador do Grupo X tenta se desfazer. Para isso, o empresário vai precisar antes da autorização da Justiça.
"Além da questão da deterioração, Eike está com os bens bloqueados, impossibilitado de arcar com as despesas deles", afirmou o advogado do empresário, Fernando Martins. A defesa do fundador do Grupo X já anexou aos processos propostas de interessados em diversas embarcações, entre lanchas e jet skis.
O primeiro pedido para a venda antecipada dos bens foi feito no começo do ano. Desde então, surgiram novos candidatos a comprar a frota do empresário. Eike tem os esportes náuticos como uma de suas paixões. O empresário bateu, em 2006, o recorde de velocidade da travessia Rio-Santos com uma de suas lanchas.
O dinheiro levantado ficará bloqueado na Justiça e parte pode ser usado pelo empresário no plano de pagamento da fiança de R$ 52 milhões, acertado em maio com o juiz da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, responsável pelos desdobramentos da Lava Jato no Estado.
Além da 7.ª Vara, Eike tem bens bloqueados em processos na 3.ª Vara Federal Criminal. "A juíza da 3.ª Vara (Rosália Monteiro Figueira) autorizou a avaliação dos bens. Na 7.ª Vara já há autorização para a venda de uma das embarcações", disse Martins, sem detalhar qual delas.