segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

Praias lotadas no Paraná aumentam preocupação com afogamentos

 


O último domingo do ano foi de praias lotadas no Litoral do Paraná e atenção para o Corpo de Bombeiros do Parana (CBMPR), já que os casos de afogamentos em oito dias assustam. As forças de segurança do Paraná realizaram 156 resgates no mar durante os oito primeiros dias do Verão Maior Paraná no Litoral, o que dá uma média de 19 por dia. Os dados foram apresentados na tarde deste sábado (27). O balanço do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) registra ainda 16 casos de afogamento e uma morte confirmada. Paralelamente, os bombeiros intensificaram as ações preventivas, com 3.649 orientações diretas a banhistas nas praias do Litoral.

Os bombeiros reforçam aos turistas de férias no Litoral que é preciso estar atento às correntes de retorno no mar, um fenômeno responsável por muitos incidentes de afogamento. Este tipo de corrente é formada pelo retorno da água que chega à faixa de areia com as ondas.

A capitã Tamires Silva Pereira, do CBMPR, explica que as correntes de retorno são naturais e podem ocorrer em qualquer ponto do Litoral. “A onda traz uma grande massa de água para a costa e ela precisa voltar ao mar. Esse retorno ocorre em um ponto específico, criando um pequeno ‘rio’ que corre no sentido inverso das ondas. Ele tem bastante força e pode puxar mesmo quem está no raso”, afirma. Obstáculos como pedras, encostas e molhes favorecem a formação dessas correntes, o que torna essas áreas especialmente perigosas para o banho.

A identificação visual é difícil para quem não está habituado, por isso é importante seguir as orientações dos guarda-vidas que fazem uma análise diária e sinalizam os locais de risco, que podem mudar ao longo do dia. Na dúvida, pergunte a um guarda-vidas do posto no local onde pretende entrar no mar.

“Normalmente, a corrente está onde não há formação de ondas. Se há ondas de um lado e ondas do outro, aquele trecho no meio tende a ser uma corrente de retorno”, orienta a capitã. Essas áreas ocorrem em qualquer ponto da praia, mas são mais frequentes próximas a morros, pedras e estruturas artificiais.

Condições como mar agitado, ventos fortes e, principalmente, os períodos de lua cheia e lua nova aumentam a intensidade das ondas e, consequentemente, da corrente. “Quanto maior a quantidade de água que chega, maior a quantidade que precisa voltar. Isso potencializa a força da corrente de retorno”, explica a bombeira.