O homem, de 34 anos, está sendo investigado pelo MP-PR e pela Polícia Civil (PC-PR) de Loanda. A decisão judicial, motivada por um pedido do MP-PR, também proíbe o docente de ter contato com as vítimas e outros menores durante o processo de investigação.
O caso chegou ao MP-PR em agosto de 2025 e os supostos crimes ocoreram ao longo do ano.
As adolescentes relataram ter recebido toques com conotação sexual, mensagens inadequadas sobre suas aparências e fotos de alunas (inclusive de biquíni). Há suspeitas também de compartilhamento e exibição de conteúdo pornográfico.
A investigação do MP-PR aponta que o professor também teria agredido verbalmente as vítimas com gritos, xingamentos, humilhações e atos de racismo.
Antes da instauração do inquérito pelo MP-PR, o professor havia sido alvo de uma sindicância do Núcleo Regional de Educação de Loanda. Contudo, essa apuração considerou as denúncias improcedentes por "falta de materialidade", e o professor apenas recebeu uma orientação sobre sua conduta, permanecendo em sala de aula.
Ao receber o resultado, o MP-PR optou por abrir um inquérito próprio, constatando que as mães e responsáveis já haviam denunciado o homem na rede de proteção do município. Diante das novas diligências, o Ministério Público solicitou o afastamento e a instauração de um inquérito policial.
A Polícia Civil confirmou que iniciou o procedimento, ouvindo a maioria das vítimas por meio de escuta especializada com psicólogos. O Núcleo Regional de Educação de Loanda informou que, após a determinação judicial recebida na sexta-feira (14), o professor foi imediatamente afastado e um substituto foi providenciado para não prejudicar os alunos.
