sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Desaparecimento de quatro homens em Icaraíma no PR completa um mês


 












O desaparecimento de Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Henrique Afonso e Alencar Gonçalves de Souza completa um mês nesta sexta-feira (5). Os quatro foram vistos pela última vez em Icaraíma, no noroeste do Paraná, quando teriam ido cobrar uma dívida. A Polícia Civil mantém a investigação sob sigilo e trata o caso como homicídio.

Dois homens, pai e filho de 66 e 22 anos, são considerados suspeitos de envolvimento e estão foragidos desde o início de agosto. Mandados de prisão temporária contra eles foram expedidos, mas até agora não foram cumpridos. Além disso, familiares que moravam na mesma propriedade também desapareceram e são investigados.

O desaparecimento

Segundo a polícia, Robishley, Rafael e Diego saíram de São José do Rio Preto (SP) no dia 4 de agosto para cobrar uma dívida em Icaraíma. Eles se encontraram com Alencar, que havia contratado o serviço. No mesmo dia, foram até o distrito de Vila Rica do Ivaí para falar com o devedor e marcaram de retornar no dia seguinte.

Na manhã de 5 de agosto, câmeras de segurança registraram os quatro homens em uma panificadora de Icaraíma. Pouco depois do meio-dia, eles deixaram de responder mensagens da família. Este foi o último registro confirmado. No dia seguinte, a esposa de Robishley registrou o desaparecimento na polícia em São Paulo.

Suspeitos e investigação


A polícia esteve na propriedade rural onde os homens haviam estado para a cobrança. Os moradores, pai e filho de 66 e 22 anos, chegaram a ser levados para depor, mas foram liberados. Desde então, não foram mais vistos. A investigação aponta que eles podem ter participado de uma emboscada que resultou na morte das vítimas.

O homem de 66 anos tem antecedentes criminais por posse ilegal de arma de fogo. O filho não possui registros anteriores. A família deles teria comprado uma propriedade de Alencar por R$ 255 mil, mas não efetuou o pagamento, dívida que motivou a cobrança.

O contrato de venda foi firmado em dez notas promissórias de R$ 25 mil. Apesar disso, nenhuma parcela foi paga. Familiares das vítimas disseram que os homens trabalhavam há mais de uma década com cobranças de dívidas. Inicialmente, foi levantado que o débito poderia variar entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão, mas a polícia confirmou apenas o valor de R$ 255 mil.

Desde o início das investigações, buscas são realizadas diariamente na região. Um carro dos suspeitos foi apreendido e periciado, mas o resultado não foi divulgado. Foram utilizados sonar, cães farejadores, helicópteros com câmeras térmicas e outros equipamentos, mas até agora nem as vítimas nem o veículo em que estavam foram encontrados.

A Polícia Civil também desmentiu informações divulgadas ao longo do caso, como a de que os homens teriam atravessado para o Mato Grosso do Sul em uma balsa.