quarta-feira, 9 de abril de 2025

Paraná está entre os estados onde a dengue mais preocupa




O boletim semanal da dengue divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio da Coordenadoria Estadual de Vigilância Ambiental, registrou 5.404 novos casos de dengue e mais 8 mortes. Os dados do novo ano epidemiológico 2025 totalizam 115.590 notificações, 30.635 diagnósticos confirmadas e 27 mortes.

No total, 393 municípios já apresentaram notificações da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e 334 possuem casos confirmados.

O Paraná, segundo o Ministério da Saúde, está entre os estados onde a doença mais preocupa neste ano. Dos cerca de 850 mil casos prováveis de dengue notificados no Brasil ao longo dos três primeiros meses de 2025, 73% se concentram nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

Os três estados respondem ainda por 86% de todos os óbitos por dengue no país, sendo que São Paulo concentra 305 de um total de 430 mortes confirmadas no período.

Diante deste quadro, para reduzir casos graves e óbitos, o Ministério da Saúde anunciou, ontem, novas ações de enfrentamento à dengue, em apoio aos estados e municípios mais críticos, com foco inicial em 80 cidades prioritárias.

No Paraná são 14 (Cambé, Cascavel, Londrina, Foz do Iguaçu, Toledo, Loanda, Mandaguaçu, Querência do Norte, Curitiba, Jataizinho, Florestópolis, Primeiro de Maio, Maringá e Santa Cruz de Monte Castelo).

São municípios com alta transmissão da doença ou número de casos em ascensão e com mais de 100 mil habitantes. Regiões populosas têm maior possibilidade de sobrecarga assistencial.

Já no primeiro momento, a Força Nacional do SUS estará preparada para atender a essas cidades com até 150 centros de hidratação de até 100 leitos cada, totalizando investimento de R$ 300 milhões.

A estimativa do ministério é que cerca de 68 milhões de pessoas vivam nesses 80 municípios, selecionados por registrarem alta transmissão de casos de dengue – mais de 50 casos por 100 mil habitantes – ou casos da doença em ascensão.

Preocupação
“O que tem nos preocupado? Os óbitos”, destacou a secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Mariângela Simão, durante coletiva de imprensa.

Mariângela ressaltou ainda a circulação do sorotipo 3 da dengue no país tipo do vírus que não circulava no Brasil há mais de 15 anos e, por isso, encontra menos pessoas imunes ao contágio. Neste momento, 22% dos casos de dengue registrados no Brasil são do sorotipo 3.