A região atingiu 30% de taxa de recusa familiar para doação de órgãos. O índice se aproxima da média estadual de 28%, a menor do país, e está abaixo da média nacional, de 46%. Conforme o Sistema Estadual de Transplantes (SET/PR), foram realizadas 10 entrevistas com familiares de pacientes elegíveis neste ano na região, sendo que em três entrevistas, a captação de órgãos não foi autorizada.
Duas recusas foram registradas no Hospital da Providência, em Apucarana, que realizou 8 entrevistas com familiares, recebendo seis autorizações para captação de órgãos, o que representa uma taxa de 75% de conversão. Já o Hospital Maternidade de Ivaiporã realizou entrevista com a família de um doador elegível para captação de órgãos. Contudo, o procedimento não foi autorizado.
A única unidade da região sem recusa é o Hospital Norte do Paraná (Honpar), de Arapongas. A equipe responsável realizou uma entrevista familiar e obteve autorização para captação de órgãos, o que fez a unidade atingir 100% de taxa de conversão.
Para a coordenadora da Organização de Procura de Órgãos (OPO), de Londrina, Emanuelle Fiorio Zocoler, os hospitais da região apresentam índices satisfatórios. "O estado entende que 75% de aceite das famílias é aceitável. Então esses hospitais estão indo muito bem. É um sinal de que as famílias estão sendo bem atendidas, acolhidas e esclarecidas sobre o diagnóstico de morte encefálica. Assim aceitam mais facilmente a doação dos órgãos de seu ente", comenta.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, salienta que o índice é reflexo de "um processo bem estruturado, com políticas públicas eficientes, treinamento especializado, e, acima de tudo, o espírito solidário da população paranaense, que continua a transformar vidas por meio da doação de órgãos”, afirma.