sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Condenado a 24 anos de prisão por homicídio é preso em Apucarana


 















Um homem com mandado de prisão em aberto pelo crime de homicídio foi preso nesta quinta-feira (14) durante patrulhamento da (GCM) no Centro Pop, em Apucarana (PR).

Segundo a GCM, a equipe realizava abordagem de rotina aos indivíduos acolhidos no local quando, ao consultar os dados de um deles no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP/CNJ), constatou-se a ordem judicial em vigor.

O mandado, expedido pela Justiça de Maringá, aponta que o suspeito já foi julgado e condenado pelo crime de homicídio. A pena que ele precisa cumprir é de 24 anos de prisão.

O homem recebeu voz de prisão, foi algemado e encaminhado à 17ª Subdivisão Policial de Apucarana (17ª SDP).

Pastor de calcinha ganha R$ 39 mil por mês como servidor público


 













Além de bispo evangélico, o pastor Eduardo Costa, que viralizou ao ser flagrado usando calcinha e peruca em Goiânia (GO), é servidor do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) há 44 anos.

Metrópoles apurou que Eduardo Costa exerce o cargo de analista judiciário no TJGO e, em julho de 2025, recebeu vencimentos de R$ 39 mil. Após os descontos, o valor líquido foi de R$ 28.807,71. No mês anterior, o salário do pastor foi ainda maior, ultrapassando R$ 40 mil.

Nas redes sociais, Eduardo comemorou a longa trajetória no órgão, em maio deste ano. “Uma história. Um legado (…). Parabéns pra mim. 44 anos de lutas e conquistas”, escreveu.

Pastor, servidor público, cantor e apresentador
Eduardo Costa é conhecido na região como bispo e líder religioso. Ele reúne cerca de 1,6 mil seguidores no Instagram, que é privado, e tem a biografia: Poder e milagres – pastor.

Para além do trabalho no TJGO e a posição de bispo, Eduardo Costa atua como cantor gospel e apresentador de programas evangélicos.

Metrópoles

EUA revoga vistos de brasileiros ligados ao Mais Médicos


 















Os Estados Unidos anunciaram uma nova revogação de vistos de funcionários públicos do governo do Brasil, agora ligados ao programa Mais Médicos. A decisão foi anunciada  pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, chefe da diplomacia norte-americana.

Foram sancionados Mozart Julio Tabosa Sales, secretário do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-coordenador-geral da COP30. Os dois integravam o Ministério da Saúde quando o programa foi implementado no Brasil.

Além disso, ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) foram atingidos pela restrição, que os impede de entrar no país liderado por Donald Trump.

Mais cedo, o Departamento de Estado dos EUA já havia anunciado a revogação dos vistos de autoridades dos governos de Cuba e de países da África e da Granada. A retaliação é uma resposta direta a programas cubanos que enviam profissionais de saúde para atuarem em outros países, como o Mais Médicos no Brasil.

Para Marco Rubio, o envio de médicos de Cuba para outras nações é um “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”. Conforme antecipado pela coluna Igor Gadelha, a ofensiva é uma espécie de “acerto de contas” do chefe da diplomacia norte-americana, que é filho de imigrantes cubanos e crítico ao governo do país.

Em nota, o Departamento de Estado dos EUA acusou o governo brasileiro de driblar as sanções impostas contra Cuba, por meio de um suposto desvio do pagamento de profissionais de saúde cubanos.

“Como parte do programa Mais Médicos do Brasil, essas autoridades usaram a OPAS como intermediária com a ditadura cubana para implementar o programa sem seguir os requisitos constitucionais brasileiros, driblando as sanções dos EUA a Cuba e, conscientemente, pagando ao regime cubano o que era devido aos profissionais de saúde cubanos. Dezenas de médicos cubanos que atuaram no programa relataram ter sido explorados pelo regime cubano como parte do programa”, disse um trecho do comunicado da chancelaria norte-americana.

Em julho, o governo norte-americano já havia cancelado os vistos de oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), na tentativa de interferir no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Metrópoles

Delegada da PF alerta sobre o que atrai pedófilos nas redes: ‘Abusador vai onde a criança está’


 














A ampla utilização da internet por crianças cada vez mais novas e a falta de moderação de conteúdo por parte das redes sociais tornou o ambiente digital um local ainda mais perigoso para menores.

A análise é da delegada da Polícia Federal, Rafaella Parca, responsável por coordenar nacionalmente a repressão a crimes cibernéticos ligados ao abuso sexual infantojuvenil. Em entrevista ao Estadão, ela alerta que os abusadores infantis estão em toda parte, mesmo em plataformas que à primeira vista os pais podem considerar inofensivas.

“Sempre tem essa pergunta: ‘qual plataforma é mais perigosa?’ Todas são perigosas. Por quê? O abusador está onde a criança está. E crianças estão cada vez mais novas com redes sociais, desvigiadas, sem educação digital”, diz.

Na semana passada, o influenciador Felca chamou atenção para o tema após publicar um vídeo sobre o que chamou de “adultização”. Na publicação, Felca traz um compilado de denúncias sobre influenciadores que abusam da imagem de crianças e mostra como o algoritmo das plataformas, segundo ele, funciona para entregar esse tipo de conteúdo para pedófilos.

Como o Estadão mostrou, o número de investigações sobre o tema na Polícia Federal explodiu nos últimos anos. Somente em 2024, foram instaurados 1202 inquéritos. Nesse cenário, a delegada afirma que a falta de regulação das plataformas digitais é um dos principais desafios, já que muitas delas não contribuem com a polícia.

“As plataformas digitais têm de monitorar proativamente. Só assim a gente vai conseguir melhorar, porque a polícia não vai conseguir ficar 24 horas fazendo isso. É impossível”, afirma.

Ao Estadão, o Telegram afirmou que mais de 481.670 grupos e canais relacionados a abuso sexual infantil foram removidos da plataforma no primeiro semestre deste ano, e que tem repassado dados dos criminosos para atender “solicitações legais válidas”. Em nota, a empresa disse que “aplica uma rigorosa política de tolerância zero” em relação a esses conteúdos. O Telegram afirma ainda que as mídias enviadas no aplicativo são confrontadas com um banco de dados de conteúdos semelhantes já removidos, para permitir o reenvio.

O Discord afirmou que colabora com as autoridades brasileiras em todos os níveis de governo e “oferece orientação e treinamento sobre como enviar solicitações legais adequadas, garantindo um processo eficiente e respostas em tempo hábil.” A plataforma cita como exemplo a cooperação com as autoridades na Operação Fake Monster, de combate à rede de crimes de ódio. A empresa disse ainda que reforçou equipes para identificar e remover conteúdos nocivos e aprimorou a resposta rápida a abusos. O Discord menciona ainda a “Central da Família”, que presta assistência aos responsáveis sobre como a rede é utilizada pelos filhos e com quem eles interagem.

Estadão

Braga Netto nega plano de golpe e pede para ser absolvido pelo STF

 


Em alegações finais apresentadas ao STF (Supremo Tribunal Federal) a defesa do general Walter Braga Netto pediu para ser absolvido na ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Braga Netto está preso preventivamente desde dezembro do ano passado, por obstrução de Justiça, no Rio de Janeiro.

A etapa processual de apresentação das alegações finais é a última antes do relator, ministro Alexandre de Moraes, concluir seu relatório e voto para disponibilizar o caso para julgamento na Primeira Turma do STF.

O general integra o chamado núcleo 1, considerado o grupo principal pela PGR (Procuradoria-Geral da República) na trama golpista, junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid e outros réus.

CNN

CPMI do INSS será instalada na próxima semana, diz Alcolumbre


 












O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), disse que a CPMI do INSS será instalada pelo Congresso na próxima semana. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito vai investigar o esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. Alcolumbre falou sobre a instalação durante a sessão deliberativa do plenário.

“A nossa expectativa era que nós pudéssemos, ainda no dia de hoje, instalar. Ainda há pouco falei com o presidente [da Câmara] Hugo Motta e ele me pediu que nós pudéssemos fazer a instalação da CPMI na próxima semana, impreterivelmente. Este é o meu desejo, acordado com o presidente Hugo, para fazermos a instalação na próxima semana, já que hoje os líderes partidários da Câmara completaram as suas indicações [de membros]”, declarou o congressista.

Ele ressaltou ainda que o senador Omar Aziz (PSD-AM) será o presidente da comissão e que o relator será um deputado federal.

O colegiado foi criado em 17 de junho, com a leitura do requerimento de criação por Alcolumbre, em sessão conjunta das duas Casas Legislativas. O requerimento havia sido protocolado em 12 de maio pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e a deputada Coronel Fernanda (PL-MT).

A CPMI do INSS será constituída de 15 deputados federais e 15 senadores, com igual número de suplentes. O prazo inicial para conclusão dos trabalhos é de 180 dias, e as despesas foram orçadas no valor de 200 mil reais.

Quem serão os membros da CPMI do INSS?

A criação da CPMI do Roubo das Aposentados teve o apoio de 248 deputados federais e 44 senadores. Considerando membros titulares e suplentes, pelo Senado, o PL tem o direito de indicar três integrantes, o MDB, o PSD e o PT, dois cada, e o União Brasil, o Podemos, o PSDB, o PSB, o PDT, o PP e o Republicanos, um cada.

Já pela Câmara, o PL tem direito a indicar três, a federação PT-PCdoB-PV e o União Brasil, dois cada, e o PP, o PSD, o Republicanos, o Podemos, a federação PSDB-Cidadania, o PDT, o Avante e o Novo, um cada.

Parte dos nomes escolhidos já foi revelada. O PL terá os deputados Coronel Chrisóstomo (PL-RO), Coronel Fernanda (PL-MT) e Bia Kicis (PL-DF) como titulares, e os deputados Zé Trovão (PL-SC) e Fernando Rodolfo (PL-PE) como suplentes.

O Republicanos escolheu Damares Alves para estar na comissão mista. O PSD, os deputados Sidney Leite (AM) e Carlos Sampaio (SP). Já a federação PT-PCdoB-PV optou pelos deputados Alencar Santana (PT-SP) e Paulo Pimenta (PT-RS) como titulares, e Rogério Correia (PT-MG) e Orlando Silva (PCdoB-SP) como suplentes.

Uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito tem poderes de investigação equiparados aos das autoridades judiciais, como determinar diligências, ouvir indiciados e inquirir testemunhas.

O Antagonista

‘Se os EUA não quiserem comprar, não vou ficar chorando, vou procurar outros países’, diz Lula


 












O presidente Lula (PT) voltou a criticar o tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump e disse que não vai ficar chorando.

“Se os EUA não quiserem comprar, não vou ficar chorando, rastejando, vou procurar outros países e vamos seguir em frente. Eu aprendi a andar de cabeça erguida. Quero que este país seja respeitado. Se eu respeito o povo americano, ele tem que respeitar o povo brasileiro”, disse Lula.

“Nós vamos ajudar as empresas. Não vamos deixar morrerem às mínguas. E também não vamos ficar chorando porque ele parou de comprar, não. Vamos vender para a China, para Índia, para a Rússia, para a Alemanha, para qualquer lugar. Em apenas dois anos e meio, nós abrimos 400 mercados. Ontem começamos a vender carne e miúdos para as Filipinas, que não compravam nada de nós”, continuou o petista.

O discurso foi feito durante a cerimônia de inauguração da Fábrica de Hemoderivados da Hemobrás (Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia), na cidade de Goiana, Zona da Mata Norte pernambucana.

Ao final, apesar das críticas ao tarifaço, Lula afirmou que seus ministros seguem abertos ao diálogo. “E nós ainda queremos negociar. Tenho Alckmin [Indústria e Desenvolvimento], Haddad [Fazenda], Fávaro [Agricultura], Mauro Vieira [Relações Exteriores]. Todo mundo preparado para negociar. [Na] Hora que eles quiserem negociar, nós sentamos numa mesa”, afirmou ele.

Folhapress

Devolução de impostos para exportadores divide setores e economistas


 















A elevação da alíquota do Reintegra (Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários) anunciada pelo governo federal para socorrer empresas prejudicadas pelo tarifaço divide opiniões: os setores feridos celebram, enquanto economistas e investidores criticam o impacto fiscal.

O Reintegra é um mecanismo que busca ressarcir as empresas exportadoras por tributos residuais ao longo de suas cadeias produtivas. Com o pacote anunciado pelo governo, micro e pequenas empresas terão devolução de 6% (antes era 3%), e as demais, de 3% (antes era 0,1%).

Segundo apuração da CNN, a elevação da alíquota do Reintegra foi a política do pacote mais celebrada por uma série de setores socorridos.

O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Ricardo Alban, por exemplo, destacou este item quando questionado por jornalistas, durante o evento de anúncio, sobre os destaques do plano de contingência.

Por outro lado, o impacto às contas públicas preocupa. O governo enviará um PLP (projeto de lei complementar) ao Congresso para excepcionalizar da meta fiscal R$ 9,5 bilhões em gastos com o pacote — sendo R$ 4,5 bilhões para aportes em fundos e R$ 5 bilhões com renúncia do Reintegra.

Acontece que até os últimos metros da preparação do plano, a equipe econômica planejava utilizar a banda de tolerância da meta fiscal para acomodar o aporte em fundos. Com a decisão de mexer no Reintegra, se tornou necessário tirar as despesas da meta, explicaram técnicos em uma entrevista coletiva.

O mercado financeiro vem sendo crítico a movimentos do governo de excepcionalizar gastos da meta, a fim de atingi-la. Apesar de o valor não contar para a perseguição à meta de primário, castiga a dívida pública do país.

CNN

Lula validou licenciamento ambiental por pressão política, diz Observatório do Clima


 














O Observatório do Clima, rede com mais de uma centena de ONGs ambientalistas, divulgou nesta quarta-feira (13) uma nota técnica em que elenca os trechos considerados preocupantes da nova lei do licenciamento ambiental.

A organização diz que os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitaram os maiores retrocessos do texto aprovado pelo Congresso. Apesar disso, o texto segue com pontos que ferem a Constituição, sendo o principal delas a LAE (Licença Ambiental Especial), na avaliação da entidade.

O modelo de licenciamento já está em vigor por meio de medida provisória e prevê uma tramitação acelerada para projetos considerados estratégicos por um conselho do governo. A lei determina o prazo de 12 meses para concluir a licença de obras sob essa modalidade.

Na visão do Observatório do Clima, apesar de o governo ter derrubado o artigo que previa o licenciamento em apenas uma fase com a LAE, na prática, ela continua sendo uma licença única.

“A redação da LAE na medida provisória não é nada clara. Pelo que está escrito, é um processo monofásico com previsão de etapas”, diz Suely Araújo, coordenadora de políticas públicas da organização.

“Não tem LAE 1, LAE 2 ou LAE 3. Houve uma simplificação para casos de significativo impacto, o que eu considero inconstitucional”, afirma.

Araújo avalia que o prazo máximo para completar as análises é inviável: “Em um ano, não dá para fazer as três fases de uma hidrelétrica, de uma grande estrada, de um empreendimento minerário”. A autorização para obras de grande porte costuma envolver as licenças prévia, de instalação e de operação.

O Observatório do Clima defende a alteração ou rejeição da medida provisória apresentada pelo governo para esclarecer a exigência das três fases e o tempo para cada uma delas.

Segundo Araújo, o governo inverteu as prioridades: em vez de facilitar as licenças para obras de baixa complexidade, está havendo uma simplificação nos casos de maior impacto ambiental.

“Se a priorização de um empreendimento tiver coerência com o planejamento governamental, eu não vejo problema. Agora, se for feita para atender a interesses políticos e regionais de determinadas autoridades, aí tem problema”, diz.

O avanço do novo modelo de licença é uma vitória para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) , e pode facilitar a exploração de petróleo. Araújo analisa que a perfuração na Foz do Amazonas deve ser aprovada mesmo sem o dispositivo.

“Para o bloco 59 [da bacia Foz do Amazonas], nem precisa da LAE. Todas as evidências indicam que a licença sairá logo, infelizmente. Não vai dar tempo de reunir o conselho de governo, mas a LAE vai servir para apressar os outros blocos”, diz.

O Observatório do Clima avalia como positivo o veto presidencial à LAC (Licença por Adesão e Compromisso), emitida pelo próprio empresário, para restringi-la a casos de baixo potencial poluidor.

Porém, a lei segue prevendo que a vistoria anual e a análise do relatório de caracterização da obra serão feitas por amostragem. Ou seja, somente alguns projetos serão analisados a fundo.

“Isso nos incomoda bastante, porque é possível que empreendimentos não tenham controle ambiental em fase nenhuma da sua vida útil”, diz Araújo.

Segundo a nota técnica, a análise por amostragem também pode facilitar casos de corrupção. “A questão é como será feita essa amostragem. Haverá uma pressão enorme para que o projeto não passe por uma análise ou vistoria mais detalhada”, afirma a coordenadora de políticas públicas.

Folha de S.Paulo

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Homem é preso com R$ 15 mil em anabolizantes no Paraná


 












Uma operação coordenada pela Receita Federal resultou na prisão de um homem com cerca de R$ 15 mil em anabolizantes e medicamentos para obesidade em são Miguel do Iguaçu. Os produtos estavam escondidos nos pneus de um carro. 

O homem foi flagrado durante fiscalização de rotina no perímetro urbano da BR-277. O motorista informou à Receita Federal que a mercadoria foi comprada no Paraguai e seria entregue a uma academia em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.

Segundo o G1, homem foi preso em flagrante, e o veículo e os produtos foram levados para a Alfândega da Receita Federal em Foz do Iguaçu, onde serão tomadas as medidas legais.

O transporte de medicamentos e anabolizantes sem autorização é ilegal, segundo a legislação brasileira.

Mais da metade dos motoristas com CNH no Paraná tem mais de 40 anos


 














Mais da metade dos motoristas com CNH no Paraná tem mais de 40 anos. Conforme os dados do (Detran-PR), 1.924.315 condutores do Estado têm mais de 50 anos e outros 1.409.058 entre 40 e 50. Juntos eles são mais de 3,3 milhões de motoristas habilitados, sendo a maioria entre aqueles com CNH. No total, o Estado tem 5,8 milhões de motoristas com cadastro ativo.

As faixas etárias seguintes contam com 974.532 condutores de 33 a 39 anos; 907.243 de 26 a 32 anos e 610.935 entre 18 e 25. Com relação à categoria, a maioria é para a condução de carros (B): 2.700.448. Da categoria AB (moto/carro) são 2.194.780 e 264.331 da AD (moto/ônibus).

Apesar da predominância dos motoristas mais antigos, um dado mostra que novos motoristas estão chegando. No primeiro semestre de 2025, conforme dados estatísticos do Detran-PR, 80,4 mil obtiveram a primeira habilitação. O número é 14% maior em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 69.174 novos condutores.

Com o número de permissionários, que são condutores recém-formados com licença provisória para dirigir, o Paraná totalizava até o dia 12 de agosto (terça-feira) 5.826.086 cadastros ativos. Destas, 657.692 carteiras estavam vencidas há mais de 30 dias e 223.050 eram de permissões provisórias.

Para o presidente do Detran-PR, Santin Roveda, o aumento de condutores habilitados representa o resultado de um trabalho contínuo de qualificação, educação e rigor técnico no processo de formação de motoristas em todo o Estado.

Segundo o chefe do Departamento Executivo de Habilitação do Detran-PR, Larson Orlando, o crescimento de novas habilitações é um indicador de comportamento e demanda da população paranaense. “Esse crescimento pode refletir uma série de fatores, como o aumento da população economicamente ativa, a retomada pós-pandemia de processos que haviam sido represados e o maior interesse dos jovens em obter a primeira habilitação”, afirmou.

“Também pode estar associado ao crescimento da frota de veículos no Estado, à expansão urbana e à busca por oportunidades profissionais que exigem carteira de motorista, como o trabalho com aplicativos de transporte, entregas e logística”, explicou.

Bandidos roubam moto e R$ 2,8 mil de vítima em Jandaia do Sul


 














Uma pessoa sofreu um assalto na Estrada Velha, zona rural de Jandaia do Sul (PR), na manhã de quarta-feira (13). A vítima foi perseguida por dois bandidos após sair de uma agência bancária e perdeu durante o roubo a motocicleta e R$ 2,8 mil em espécie.

Segundo a vítima relatou à Polícia Militar (PM), o dinheiro havia acabado de ser sacado em uma agência bancária. Os criminosos a abordaram na estrada rural quando ainda faltavam dois quilômetros para chegar em Cambira, onde a vítima reside.

Os assaltantes estavam em motocicleta, possivelmente uma Honda Bros. O garupa desceu e tomou a moto da vítima, uma Honda CG 125, e a carteira, que guardava R$ 2,8 mil, documentos pessoais e um cartão de crédito.

Um dos criminosos estaria armado com um revólver, de acordo com a PM.

Após o roubo, os suspeitos seguiram sentido a Jandaia do Sul. A vítima, portanto, seguiu a pé para o Destacamento da PM de Cambira. A corporação registrou um boletim de ocorrências e o caso deve ser investigado.

Lula liga para Xi e conversa sobre parceria bilateral e novos negócios


 















O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente chinês, Xi Jinping, conversaram por telefone sobre uma parceria estratégica bilateral entre os dois países.

Isso também inclui a ampliação em setores de petróleo, gás, satélites, saúde e economia digital.

De acordo com o Palácio do Planalto, a ligação durou cerca de uma hora, e também teve como assuntos os “recentes esforços” pela paz no conflito envolvendo a Rússia e a Ucrânia, e que a China deve ser representada na COP30 em Belém.

“Ambos os presidentes também destacaram sua disposição em continuar identificando novas oportunidades de negócios entre as duas economias”, pontua o texto.

A ligação havia sido antecipada pela CNN.

Em entrevista à Reuters na última quarta-feira, Lula afirmou que, como presidente do bloco até o final deste ano, falaria com vários presidentes sobre o tema. Ao ser perguntado se estaria havendo uma articulação entre os países do Brics, respondeu: “Ainda não tem, mas vai ter.”

Desde então, o presidente brasileiro falou com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e recebeu um telefonema do presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Veja a nota na íntegra da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência) sobre a ligação abaixo:

“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou na noite desta segunda-feira, 11 de agosto, para o presidente da República Popular da China, Xi Jinping.

Na ligação, que durou cerca de uma hora, os dois líderes trocaram impressões sobre a atual conjuntura internacional e os recentes esforços pela paz entre Rússia e Ucrânia. Ambos concordaram sobre o papel do G20 e do BRICS na defesa do multilateralismo.

O presidente Lula reiterou a importância que a China terá para o sucesso da COP 30 e no combate à mudança do clima. O presidente Xi indicou que a China estará representada em Belém por delegação de alto nível e que vai trabalhar com o Brasil para o êxito da conferência.

Os chefes de Estado também conversaram sobre a parceria estratégica bilateral. Nesse contexto, saudaram os avanços já alcançados no âmbito das sinergias entre os programas nacionais de desenvolvimento dos dois países e comprometeram-se a ampliar o escopo da cooperação para setores como saúde, petróleo e gás, economia digital e satélites.

Ambos os presidentes também destacaram sua disposição em continuar identificando novas oportunidades de negócios entre as duas economias.”

CNN

Sem verba, jatinhos da FAB voam menos em 2025


 













A utilização dos jatos da Força Aérea Brasileira (FAB) para transporte de autoridades dos Três Poderes registrou, em 2025, o segundo menor volume de voos desde o início da série histórica, em 2003. Entre janeiro e julho, foram contabilizadas 654 decolagens — número superior apenas ao registrado no mesmo período de 2020, quando, em plena pandemia, ocorreram 407 voos.

O encolhimento da agenda aérea tem relação direta com restrições orçamentárias enfrentadas pelo Ministério da Defesa. Nos dois últimos bimestres, a pasta sofreu um bloqueio de R$ 3,26 bilhões para que o governo federal conseguisse cumprir a meta fiscal. Parte desses recursos foi desbloqueada apenas no fim de julho, mas a recomposição do orçamento ainda não se refletiu plenamente nas operações.

Atualmente, apenas dois ou três dos dez aviões destinados ao transporte de autoridades estão voando. A expectativa é de que uma quarta aeronave retorne ao serviço no fim de agosto, e uma quinta esteja operacional em outubro. Alguns aparelhos estão há meses parados e necessitam de revisões mais complexas, o que exige tempo, peças importadas e equipe técnica suficiente — fatores que limitam a retomada imediata.

O pico de voos da FAB neste ano foi registrado em abril, com 125 decolagens. A partir daí, o número caiu gradualmente, intensificado pelo bloqueio de verbas em maio.

No dia 22 de julho, após aumento na arrecadação, o governo Lula descongelou R$ 20,6 bilhões do Orçamento de 2025, sendo R$ 1,92 bilhão direcionados à Defesa. Segundo a pasta, R$ 693 milhões serão aplicados em obras do Novo PAC e R$ 1,23 bilhão em outras despesas discricionárias. Não foi detalhado quanto irá diretamente para a FAB.

Quem mais utiliza os jatos

Entre os passageiros mais frequentes em 2025, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, lidera com 66 voos, principalmente para São Paulo e João Pessoa. Em seguida, aparece o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, com 62 viagens, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com 57.

O uso das aeronaves segue regras previstas em lei, com prioridade para o vice-presidente da República; presidentes do Senado, Câmara e STF; ministros de Estado; comandantes das Forças Armadas e o chefe do Estado-Maior Conjunto. O ministro da Defesa também pode autorizar o transporte de outras autoridades, brasileiras ou estrangeiras.

Com informações do Poder 360

Brasil perdeu território maior que a Bolívia de áreas naturais em 40 anos, mostra estudo


 












Ao longo das quatro últimas décadas, o Brasil perdeu anualmente uma média de 2,9 milhões de hectares de áreas naturais, segundo estudo do MapBiomas divulgado nesta quarta-feira. O impacto deste cenário significa uma redução de 111,7 milhões de hectares entre 1985 e 2024, total que corresponde a 13% do território nacional e supera o tamanho da Bolívia. Durante esse intervalo, o percentual de municípios brasileiros cuja agropecuária acumula a maior parte de sua extensão subiu de 47% para 59%.

O levantamento destaca que o processo de transformações, que trazem impactos significativos nas áreas naturais e na expansão da agropecuária, não se deu de maneira uniforma. A primeira década estudada é apontada como responsável pela expansão do desmatamento no Brasil. No início da série histórica, em 1985, o país tinha 80% do território coberto por áreas naturais. Ao longo dos dez anos, foi registrado um aumento de 36,5 milhões de hectares de áreas antrópicas, cenário impulsionado pela expansão de pastagens e o crescimento da urbanização, o que levou a redução da cobertura natural brasileira para 76%.

O total de floresta suprimida foi superado na década seguinte, entre 1995 e 2004, quando a conversão de vegetação nativa para a agropecuária totalizou 44,8 milhões de hectares no Brasil. A expansão esteve presente, sobretudo, na pastagem, com 35,6 milhões de hectares, enquanto o crescimento da agricultura no período foi de 14,6 milhões de hectares. Na Amazônia, houve a apropriação humana de 21,1 milhões de hectares e a consolidação do chamado “arco do desmatamento”. Até 2005, o percentual de cobertura natural era de 72%.

A década que transcorreu de 2005 até 2014 foi marcada por apresentar o menor incremento de área antrópica em 40 anos, com crescimento de 17,6 milhões de hectares, além de registrar redução da perda de vegetação nativa. No período, a perda líquida ficou em 17,1 milhões de hectares — também o menor valor em quatro décadas. Desse total, 15,4 milhões de hectares eram de florestas.

“Há a concentração do desmatamento no Cerrado, principalmente na região conhecida como Matopiba, que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. A pesquisa mostra que 80% dessa perda de vegetação para a agricultura ocorreu nestes territórios”, aponta Marcos Rosa, coordenador técnico do MapBiomas.

Também foi nesta década que ocorreu a maior expansão da agricultura temporária (12,5 milhões de hectares) e 20,9 milhões de hectares de vegetação nativa foram convertidos para pastagem. O período, no entanto, foi quando a área de pastagem parou de crescer no Brasil. O MapBiomas destaca também o crescimento da silvicultura nestes dez anos, com acréscimo de 2,5 milhões de hectares.

A década mais recente, entre 2015 e 2024, teve a expansão da mineração como destaque. O crescimento de 58% foi concentrado, sobretudo, na Amazônia (66%). Foi neste período também que o Pampa registrou a maior taxa de supressão de campos — perda de 1,3 milhões de hectares — de modo que a área agrícola passou a superar os campos nativos usados para pecuária. No ano passado, eram 7,9 contra 5,8 milhões de hectares.

Estes dez anos também tiveram uma desaceleração da expansão agrícola em todos os biomas, principalmente no Cerrado e na Mata Atlântica, onde a expansão foi 2,7 milhões de hectares e 3 milhões de hectares menor que na década anterior, respectivamente. Entretanto, o levantamento alerta para o surgimento de uma nova fronteira de desmatamento na Amazônia, a Amacro — composta pelos estados do Amazonas, Acre e Rondônia.

Os pesquisadores também identificaram que os ciclos de inundação no Pantanal tem reduzido a cada década, e o ano de 2024 foi o mais seco nos 40 anos. A Amazônia também enfrentou secas severas no período, com oito dos dez anos de menor superfície de água da série histórica registrados entre 2015 e 2024. O Brasil chega, então, a 2024 com 65% do território coberto por vegetação nativa e 32% pela agropecuária.

“Há um cenário de desafios. Precisamos evitar o retrocesso do avanço legislativo de proteção da natureza conquistado nessas quatro décadas, além de termos que lidar com o controle de queimadas derivadas das mudanças climáticas e a diminuição do ciclo de cheias no Pantanal”, afirma Marcos Rosa. — Por outro lado, temos oportunidades com a melhoria do manejo da área de pastagem, o qu garante melhor proteção do solo e produtividade.

Transição para a agropecuária

Nestas quatro décadas, a formação florestal foi o tipo de cobertura que mais perdeu área no Brasil, com uma redução de 15% ou 62,8 milhões de hectares — total ligeiramente superior ao território da Ucrânia. A formação savânica vem em seguida, com uma diminuição de 25% ou 37,4 milhões de hectares, uma área maior que o território da Alemanha.

Por outro lado, a pastagem e a agricultura foram os usos da terra que mais se expandiram no período. A área ocupada com pastagem cresceu 62,7 milhões de hectares (+68%) e a agricultura, 44 milhões de hectares (+236%).

Se em 1985 420 municípios tinham predomínio de agricultura, em 2024 esse número saltou para 1.037. Já as cidades cuja pastagem é predominante não se expandiram na mesma velocidade, passando de 1.592 para 1.809 no período. Proporcionalmente ao tamanho dos territórios, os estados com maior área de agricultura são Paraná (34%), São Paulo (33%) e Rio Grande do Sul (30%).

Os dados mostram também um crescimento da silvicultura de 7,4 milhões de hectares, ou 472%. No ano passado, mais da metade destas áreas estavam no bioma Mata Atlântica (50,6%), seguido do Cerrado (37%) e do Pampa (8%).

O MapBiomas também mostra que o período de 1985 a 2004 anos foi marcado por taxas de ganho de pastagem que superavam a área de perda. Nos períodos seguintes, no entanto, foi observada uma estabilidade no valor. Os pesquisadores observam uma maior perda destas áreas na Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado, enquanto a Amazônia lidera o ganho de novas áreas de pastagem, seguida de perto pelo Pantanal.

Quase sete em cada dez (67,5%) das áreas convertidas em pastagem por década ocorreu sobre áreas de formação florestal e savânica. Na contramão, 25% das terras que deixaram de ser pastagem voltaram a ser florestas ou savanas.

Secas mais recorrentes

Os pesquisadores apontam que as áreas úmidas brasileiras ocupavam 84 milhões de hectares, ou quase 10% do território nacional, em 195. Já em 2024, eram 74 milhões de hectares, ou 8,8% do tal brasileiro. Aos longo dos 40 anos, todos os biomas perderam superfície de água, com exceção da Mata Atlântica, por conta da criação de reservatórios e hidrelétricas a partir dos anos 2000. Os dados mostram que as reduções mais drásticas ocorreram no Pantanal, cuja superfície de água em 2024 esteve 73% abaixo da média registrada nas quatro décadas.

O Globo

Rússia restringe chamadas de áudio e vídeo no WhatsApp e no Telegram

 


O governo da Rússia decidiu restringir chamadas de áudio e vídeo nos aplicativos de mensagens WhatsApp e Telegram, argumentando que essa é uma forma de “combater criminosos”. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (13/8) pelo Serviço Federal de Supervisão de Comunicações, Tecnologia da Informação e Mídia de Massa (Roskomnadzor).

Segundo autoridades russas, chamadas realizadas nos aplicativos tem sido usadas para criminosos aplicarem golpes no país, além de servirem como meio para envolver cidadãos do país em “atividades de sabotagem e terrorismo”.

Em entrevista à mídia estatal da Rússia, o vice-presidente do Conselho Público do Ministério do Desenvolvimento Digital da Rússia, Rifat Sabitov, justificou a decisão pela falta de colaboração das plataformas.

“Empresas como Telegram e WhatsApp ignoram os requisitos das autoridades de supervisão russas, não respondem à solicitação do Ministério Público e não bloqueiam canais óbvios de phishing [espécie de ataque cibernético] e fraude”, declarou Sabitov.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Digital, as chamadas no WhatsApp e Telegram podem ser restabelecidas no país se as empresas cumprirem requisitos da legislação do país. A pasta, contudo, não deixou claro quais são as exigências.

Metrópoles 


Socorro contra tarifaço terá R$ 30 bi em crédito, compras do governo e adiamento de impostos


 












Depois de duas semanas de espera desde que o presidente americano Donald Trump oficializou o tarifaço contra o Brasil, o governo Lula apresenta nesta quarta-feira, 13, às 11h30, o plano de socorro aos setores atingidos. As propostas estão divididas em três grupos, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad: linhas de crédito, benefícios tributários e compras governamentais. Haverá a exigência de manutenção de empregos como contrapartida aos benefícios, mas com exceções a depender da empresa.

“O texto está 100% definido, é um projeto que contempla as várias demandas dos setores produtivos. Nós tivemos muitas reuniões com eles e penso que, dentro dos limites estabelecidos, ele contempla os afetados”, afirmou Haddad após audiência pública no Senado nesta terça-feira, 12.

Haddad também adiantou que o governo vai abrir crédito extraordinário para financiar as medidas. Isso significa que essas despesas ficarão de fora do limite de gastos do arcabouço, mas serão contabilizadas no cálculo da meta fiscal (balanço entre receitas e despesas das contas públicas).

Especialistas apontam que esses recursos podem ser usados para viabilizar as compras, pelo governo, de produtos que deixarão de ser exportados, bem como no caso de diferimento de impostos – quando as empresas adiam o pagamento dos tributos.

Em entrevista à Bandnews nesta terça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que será criada uma linha de crédito de R$ 30 bilhões, mas que esse montante “é só o começo” do plano de contingência.

“Estamos pensando em ajudar, sobretudo, as pequenas empresas: o pessoal que exporta tilápia, frutas, mel, máquinas. As grandes têm mais poder de resistência”, disse Lula.

Ajustes

Como revelou o Estadão, o governo preferiu deixar o anúncio das medidas para depois que o tarifaço fosse oficializado por Trump, para conseguir calibrar com mais precisão as propostas. No anúncio pelo governo americano, cerca de 40% da pauta exportadora do Brasil ficou excluída da alíquota de 50%.

Na visão da Fazenda, a estratégia se mostrou correta, porque acabou reduzindo riscos fiscais, já que menos setores foram atingidos.

Por um lado, há a preocupação de proteger os setores, principalmente as pequenas e médias empresas; por outro, existe também o objetivo de abrir novos mercados para reduzir a dependência das vendas para os EUA.

Com o receio de agravar o desequilíbrio fiscal, a governo calibrou para que a proposta fosse “tailor made” – ou seja, sob medida para cada empresa, após a análise do CNPJ de cada uma e o peso das exportações aos EUA em seu faturamento.

Em entrevista à GloboNews nesta semana, Haddad afirmou que o plano tem viés estrutural, para além de medidas conjunturais. Ele disse que estão incluídas duas reformas estruturais que envolvem medidas de crédito e o Fundo de Garantia para Exportações (FGE).

“Estamos fazendo uma reforma estrutural no FGE, com suporte dos demais fundos, para garantir que toda empresa brasileira – não só as grandes – que tiver vocação de exportação terá instrumentos modernos para fomentar a exportação para o mundo inteiro”, disse ele, citando a necessidade de redirecionar as exportações.

O ministro confirmou que o plano de contingência terá linhas de financiamento, além de contemplar a questão tributária e autorizar compras governamentais em determinados casos. Ele adiantou que a exigência de manutenção de empregos será flexibilizada.

“Manutenção de emprego está previsto na MP, mas há empresas que não vão poder garantir isso, porque o impacto é muito grande na sua produção, e a MP flexibiliza para alguns casos outros tipos de contrapartida”, disse Haddad. “É uma MP que tem que ter certa flexibilidade; são mais de 10 mil empresas, não vamos conseguir colocar na mesma moldura todo mundo ”, disse.

Estadão