Um sistema de baixa pressão que está atuando em superfície sobre o Paraguai e norte da Argentina, potencializa o ingresso de umidade e calor da região amazônica para o Sul do Brasil. Tudo isso está associado a um cavado meteorológico em altitude - uma região alongada de baixa pressão atmosférica, que funciona como uma corrente de vento que ajuda a formar tempestades.
Até as 14h30 desta sexta-feira, 33 estações meteorológicas, hidrológicas ou pluviométricas já tinham registrado volumes de chuva superiores aos 20 mm no Paraná. Os acumulados mais expressivos neste período foram em Palotina (121 mm), Assis Chateaubriand (116,4 mm), Guaíra (113,2 mm), Cambará (86,4 mm), Marechal Cândido Rondon (INMET) (84,2 mm), Ubiratã (79,8 mm), Santa Helena (75,2 mm), Ouro Verde do Oeste (75 mm), Toledo (63,8 mm) e Campina da Lagoa (INMET) (62 mm).
Em um dia choveu quase o que é registrado no mês inteiro. Para se ter uma ideia, a média histórica de chuva durante todo o mês de dezembro em Palotina é de 171,2 mm, em Assis Chateaubriand é de 176,2 mm, em Guaíra é de 164,5 mm e em Cambará de 134,3 mm.
As tempestades trouxeram rajadas de vento acima de 50 km/h até as 14h30 desta sexta-feira nas seguintes estações meteorológicas: Altônia (55,8km/h às 12h45), Marumbi Pico (67,3 km/h às 14h), Curitiba (INMET) (50,8 km/h por volta das 14h), Curitiba - Boa Vista (Prefeitura) (68,4 km/h às 12h), Curitiba - Boqueirão (Prefeitura) (59,8 km/h às 11h50), Curitiba - Portão (Prefeitura) (54,7 km/h às 11h50), Japira (INMET) (53,6 km/h por volta das 9h), e Joaquim Távora (INMET) (50,4 km/h por volta das 9h).
O sistema segue atravessando o Estado até o sábado, onde, no Oeste e Sudoeste, o tempo volta a ficar estável a partir da tarde. Com predomínio de sol, estas serão as regiões com as maiores temperaturas. Foz do Iguaçu, por exemplo, pode chegar aos 29°C, e Francisco Beltrão a 27°C. O Norte tem risco alto para tempestades pontualmente severas. O risco é moderado no Leste e na faixa Central, e baixo no Sul e Sudoeste.
Já no domingo (14), o tempo permanece com muita nebulosidade e abafado, e pancadas de chuva podem ocorrer em vários momentos do dia de forma localizada e rápida, em todas as regiões. Uma atualização do Boletim de Gestão de Riscos, feito pela Defesa Civil em parceria com o Simepar, aponta que as áreas de fronteira com o Paraguai e as de divisa com São Paulo e Mato Grosso do Sul são as que possuem o risco mais alto para tempestades localmente intensas. O risco é baixo no Sul do Paraná, e moderado no resto do Estado.









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