O Paraná registrou no século XXI um verdadeiro salto nas mortes por câncer de mama, que mais do que dobraram tanto em número absoluto como na taxa de mortalidade. O mês de outubro, por sua vez, marca o início da campanha do Outubro Rosa, um momento de mobilização social para reforçar mensagens sobre prevenção e detecção precoce da doença.
Segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, em 2023 (último ano com dados disponíveis) um total de 20.293 mortes relacionadas ao câncer de mama foram registradas no Brasil. O Paraná, por sua vez, somou 1.247 registros, respondendo por 6,14% dos registros em todo o país. Entre todas as unidades da federação, apenas São Paulo (5.111 mortes), Rio de Janeiro (2.531), Minas Gerais (1.817) e Rio Grande do Sul (1.514) anotaram números mais expressivos que o Paraná, em número absoluto.
Além disso, chama a atenção o fato de como o problema tem feito cada vez mais vítimas com o passar dos anos.
Em 2000, que foi o último ano do século XX, 8.393 mulheres haviam falecido em decorrência da neoplasia, o que representava uma taxa de 9,73 mortes por 100 mil mulheres. Em 2010, já foram registradas 12.853 mortes e uma taxa de 13,2. E em 2023, finalmente, houve 20.293 óbitos (com o país registrando pela primeira vez mais de 20 mil mortes por câncer de mama num ano) e a taxa alcançou o valor de 19,4.
Ou seja, entre 2000 e 2023, no Brasil, o número de mortes por câncer de mama cresceu 141,8% e a taxa de mortalidade pela doença avançou 99,4%.
No Paraná, entretanto, esse avanço foi ainda mais alarmante e expressivo do que a média nacional.
No último ano do século passado, 509 óbitos por neoplasia maligna da mama foram anotadas no estado, com 10,55 óbitos por 100 mil mulheres. Dez anos depois, já houve 755 mortes e a taxa chegou a 14,21. E em 2023, último ano com dados disponíveis no SIM, foram registrados 1.247 mortes e a taxa de mortalidade chegou a 21,25.