Cerca de 12 milhões de eleitores compareceram às urnas, de forma antecipada, para escolher entre Donald Trump e Kamala Harris como futuro presidente dos EUA. Embora a eleição esteja marcada para 5 de novembro, com as campanhas do republicano e da democrata em pleno esforço para angariar votos pelo país, dados coletados pelo Laboratório Eleitoral da Universidade da Flórida apontam que um número importante de eleitores optou por fazer a escolha antes do prazo final.
A votação antecipada, de acordo com os dados coletados pelo laboratório até a noite de sexta-feira, apontavam um número próximo a 12 milhões de votos computados, com 1/3 (um terço) deles nos sete estados-pêndulos — terrenos disputados por democratas e republicanos, que devem definir o a eleição.
Ainda de acordo com a análise do laboratório, aproximadamente metade do total dos votos registados foi depositado por eleitores democratas, enquanto um terço corresponde à participação de eleitores registrados republicanos. A base de apoio do ex-presidente passou grande parte da era Trump fazendo críticas a esta forma de votação.
Mesmo com milhares de eleitores antecipando a ida às urnas, as campanhas de Kamala e Trump tentam ampliar seus eventos eleitorais nos estados-pêndulo. Há 17 dias da eleição, a democrata viajou neste sábado para Michigan e Geórgia — este último que registrou recorde de votos antecipados, segundo o laboratório da Flórida. Trump, por sua vez, concentrou esforços na Pensilvânia.
A cúpula dos partidos também escalaram apoiadores de peso na tentativa de atrair eleitores em áreas consideradas estratégicas. O ex-presidente Barack Obama vai fazer campanha a favor de Kamala em Nevada — um dia após ter discursado em nome da vice-presidente no Arizona —, enquanto outro ex-presidente, Bill Clinton, foi escolhido como o trunfo democrata para um ato neste sábado na Carolina do Norte — onde 353 mil votos antecipados foram depositados na quinta-feira, segundo o New York Times. Pelo lado republicano, o ex-candidato presidencial independente, Robert Kennedy Jr., faz campanha para Trump em Nebraska.
Apesar da arrecadação e gasto de centenas de milhões de dólares nos últimos meses, as campanhas tentam manter os eleitores engajados até 5 de novembro, com os gastos em publicidade pela TV e anúncios on-line previstas para aumentar nas próximas semanas.
Os dados de publicidade mostram que Trump e os supercomitês de ação política republicanos estão despejando dinheiro na Pensilvânia, superando Harris e seus aliados nas últimas duas semanas, de acordo com uma análise da Bloomberg News dos dados do AdImpact que calcula o dinheiro gasto por voto eleitoral em jogo.
Os democratas gastaram grande parte da arrecadação nos últimos meses nos estados do “Muro Azul”, que incluem Michigan e Wisconsin, além da Pensilvânia, mas nas últimas semanas, eles também aumentaram os anúncios nos estados do Cinturão do Sol — Carolina do Norte, Geórgia e Arizona, em particular — que os estrategistas estão menos convencidos de que Kamala vencerá.
Os dados da AdImpact são constantemente atualizados e capturam a maioria dos gastos e reservas futuras para anúncios que vão ao ar em transmissão, cabo, satélite e rádio, bem como o dinheiro gasto em anúncios digitais que vêm dos relatórios de transparência do Facebook e do Google. Os números incluem parte, mas não todo, o dinheiro gasto em serviços de streaming, que podem ser direcionados de forma muito mais restrita do que os anúncios tradicionais de televisão abe