"O Hamas acolheu positivamente a proposta de cessar-fogo em Gaza e agora aguardamos a resposta de Israel", declarou o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, em visita a Madri, na Espanha, conforme citado pela agência Ansa.
Anteriormente, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira que está pronto para aceitar um cessar-fogo temporário na Faixa de Gaza por 42 dias em troca da libertação de reféns.
Segundo fontes ouvidas pela Ansa, Netanyahu já convocou o ministro da Segurança Nacional e líder da direita radical, Itamar Ben Gvir, para explicar o possível acordo com o Hamas.
Apesar do fornecimento de armas para os ataques indiscriminados de Israel, o governo dos Estados Unidos vem se empenhando em promover um cessar-fogo. Nesta segunda-feira, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, discutiu em um telefonema com o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, o cessar-fogo na Faixa de Gaza, a libertação de reféns e o aumento da assistência humanitária em todo o enclave, disse o gabinete de Blinken.
Na última sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que Israel ofereceu uma proposta de três partes para alcançar uma cessação duradoura das hostilidades na Faixa de Gaza e a libertação de reféns, expressando seu apoio à iniciativa. Os líderes dos países do G7 foram unânimes em expressar seu apoio à proposta.
A primeira fase inclui um cessar-fogo completo, a retirada das tropas israelenses de todos os centros populacionais de Gaza e a libertação de alguns dos reféns detidos pelo Hamas, incluindo os feridos, os idosos e as mulheres, bem como a libertação dos palestinos detidos em prisões de Israel. A segunda fase envolve a cessação indefinida das hostilidades em troca da libertação dos reféns restantes. A terceira fase da iniciativa consiste em iniciar a reconstrução da Gaza, devastada pela guerra.
Em 7 de outubro de 2023, o Hamas lançou um ataque em grande escala com foguetes contra Israel e violou a fronteira, atacando bairros civis e bases militares. Quase 1.200 pessoas em Israel foram mortas e cerca de 240 outras sequestradas durante o ataque. Israel lançou ataques retaliatórios, ordenou um bloqueio total de Gaza e iniciou uma incursão terrestre no enclave palestino com o objetivo declarado de eliminar os combatentes do Hamas e resgatar os reféns. Mais de 36.400 pessoas foram mortas até agora pelos ataques israelenses na Faixa de Gaza, segundo autoridades locais. Mais de 100 reféns ainda são mantidos pelo Hamas em Gaza. (Com informações da Sputnik).