terça-feira, 25 de junho de 2024

Londrina: lideranças sindicais teriam desviado R$ 3,6 milhões de funcionários da saúde


 














O presidente do Sindiclínicas (Sindicato de Clínicas e Consultórios do Paraná) de Londrina e um sócio dele numa empresa privada foram presos nesta terça-feira (25) pela Decoor (Divisão Estadual de Combate à Corrupção) de forma temporária, ou seja, por cinco dias. O presidente do Sinsaúde (Sindicato Dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Londrina e Região) também foi alvo de mandado de detenção, porém, não foi encontrado. Ele estaria em viagem ao Nordeste do País.

As duas lideranças sindicais são apontadas pela Polícia Civil por supostamente comandar um esquema de superfaturamento de contrato e também benefício individual. De acordo com o delegado Thiago Vicentin, titular da delegacia especializada em Londrina, em 2016 foi firmado um contrato entre os sindicatos, via acordo coletivo, para o desconto de até 20% sobre o vale-refeição dos funcionários da saúde da cidade e da região, como enfermeiros, técnicos e fisioterapeutas, para subsidiar benefícios para a categoria, como plano funerário e assistencial.

No entanto, a empresa contratada para ofertar os benefícios seria do presidente do Sindiclínicas. “O sindicato laboral (dos trabalhadores) disciplinou com empregadores que o valor seria encaminhado ao sindicato, como forma de oportunizar a manutenção de serviços assistenciais. 

Ocorre que detectamos que a empresa contratada pelo sindicato para oferta desses serviços é de propriedade de uma das partes da convenção”, frisou o delegado. “Além dessa parcialidade, no mínimo, ilícita no campo civil (em favor do presidente patronal), detectamos superfaturamento por parte da empresa”, apontou.