Muitas das indústrias brasileiras precisam de insumos importados. Quando o dólar sobe, o gasto para ter esses itens aumenta. Com isso, as empresas podem repassar esse custo para o comércio e os consumidores, o que resulta em inflação. Outro exemplo são os fertilizantes usados na produção agropecuária.
Quem vai viajar para o exterior também sofre ao acompanhar as flutuações do dólar. E como ficam a gasolina e o diesel? Apesar de a Petrobras ter mudado a política de preços, o dólar alto pode apressar os reajustes. Portanto, a sensação que dá é que o dinheiro que temos compra menos coisas.
A moeda americana está mais valorizada no mundo por causa dos juros nos Estados Unidos, que atraem investidores. No Brasil, a situação se agrava por causa da dívida pública alta.
“O investidor fica cauteloso. Será que o país vai pagar a dívida ou não? Na dúvida, acaba tirando dinheiro do Brasil”, comentou o economista Alex Agostini.
Tendência de melhora
O real foi a sexta moeda que mais perdeu valor neste ano. Só países da África e a Argentino foram piores. Por outro lado, a expectativa é de que a turbulência diminua. Veja o ranking abaixo:
- Nigéria: -42%
- Egito: -35%
- Sudão do Sul: -30%
- Gana: -20%
- Argentina: -10,5%
- Brasil: -10,3%
- Japão: -9,7%
- México: -8,7%
“Primeiro aspecto é que eu acho que o dólar tende a ceder um pouco. Isso já traz algum alívio. Segundo, que a gente tem que lembrar que os preços já estão subindo em ritmo menor. Subiram muito em 21 e 22, mas, de maneira geral, estão mais bem controlados. Então, é questão de tempo as pessoas voltarem a ter mais capacidade de consumo”, continuou o economista.
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