sábado, 30 de julho de 2016

Golpe? Nem o PT aguenta mais ouvir falar disso

dilma-rousseff
Ricardo Noblat
Enquanto a defesa de Dilma no Senado usou 89 vezes a palavra “golpe” em suas alegações finais apresentadas ontem, o PT começa a duvidar da eficácia do discurso do golpe aplicado às eleições municipais de outubro próximo.
Por mais que não lhe interesse, o debate entre os candidatos a prefeito nas capitais e grandes cidades do país abordará naturalmente temas nacionais como a crise econômica, a corrupção e o impeachment de Dilma.
O partido não terá como defender a presidente afastada sem dizer que ela foi golpeada. Capitais e grandes cidades são refratárias ao discurso do golpe. Nelas, a aprovação do impeachment tem larga aceitação. O contrário ocorre em pequenas cidades.
Nessas, quanto mais se debater os problemas eminentemente locais, tanto melhor. É assim que acabará sendo.