A história se repete. Um ano sim, outro não, temos eleições e com as campanhas políticas todas as trapaças e os métodos da guerra. Inclusive a suja. É a hora em que partidos e candidatos mais se ocupam em enlamear o adversário do que em mostrar suas qualidades, que costumam ser poucas ou quase nada.
Uma das principais vítimas desse processo, em Curitiba, é o ex-prefeito e ex-governador Jaime Lerner. Ele não é candidato, não está filiado a nenhum partido, nem tem domicio eleitoral nesta praça, mas qualquer aprendiz de marqueteiro sabe que Lerner é o principal eleitor da cidade. Seu apoio é decisivo, sua opinião é considerada por nove em cada dez habitantes de Curitiba. E quem a ele se opõe ou teme sua participação indireta, trata de arrumar maneiras de atingi-lo na esperança de reduzir sua influência. É por isso mesmo que, um ano sim, no outro não, surgem denúncias, acusações, enfim, os factóides de ano eleitoral para incomodá-lo. Faz parte do jogo? Sim, do jogo sujo da política rasteira que se pratica por aqui.