sábado, 19 de dezembro de 2015

STF vira o jogo e maioria aprova casuismo em favor de Dilma Rousseff

stf
Gilmar Mendes definiu como um “balão de oxigênio” a aprovação pelo STF de um novo rito de impeachment que deve salvar Dilma Rousseff, descartando o voto do ministro Edson fachin, apresentado ontem e votado hoje.
Em sua análise, Gilmar Mendes mostrou a gravidade que significa vetar a candidatura avulsa e o voto secreto na eleição da Comissão do impeachment, para fazer valer a escolha dos líderes de bancada. “Isso privilegia as oligarquias estabelecidas dentro dos partidos e garantem a imposição do processo segundo os interesses do Palácio do Planalto para salvar o mandato de Dilma Rousseff.
“Estamos sem governo, com um modelo de fisiologismo que nos enche de vergonha”, completou Mendes. “Ao interferir dessa forma no Poder Legislativo, o Supremo tem de admitir que está tomando uma decisão casuística e que a maioria dos ministros está a serviço de Dilma Rousseff”, acusa Gilmar Mendes.
Irritado com a desfaçatez da maioria dos ministros na defesa de Dilma, Gilmar Mendes perdeu a paciência com os demais ministros. “Vamos dar a cara à tapa. Estamos tomando uma decisão casuística. Assumamos então que estamos manipulando o processo.”
“Quanto ao voto secreto, há essa lenda urbana de que, quando a Constituição não fala em voto secreto, tem de ser aberto”, afirmou Mendes.