O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, começa nesta terça-feira, 3, um périplo por Brasília, onde se reunirá com autoridades do Executivo e do Legislativo, para denunciar uma dívida no repasse de R$ 47 bilhões da União às prefeituras. A CNM realizou estudos para identificar o nível de endividamento dos órgãos federais. Agora, Ziulloski pretende entregar esses dados aos Tribunal de Contas da União (TCU) para que os técnicos da Corte conduzam uma auditoria independente.
Segundo os cálculos da CNM, a dívida é composta da seguinte forma: recursos represados do Sistema Único de Assistência Social (R$10,3 bi), de 2014 a 2022; obras concluídas que não receberam integralmente os valores combinados (R$ 9,7 bi), de 2007 a 2022; obras paradas que também não receberam os repasses pactuados (R$ 3,5 bi), de 2007 a 2022; e restos a pagar de outros anos (R$ 23,4 bi).
“Há quase uma tempestade perfeita contra nós”, disse Ziulkoski à Coluna do Estadão.
Além do encontro que terão com o presidente do TCU, Bruno Dantas, os integrantes da CNM vão se reunir, às 15h, com representantes da Controladoria-Geral da União (CGU) para cobrar da pasta a adoção de medidas de fiscalização dos repasses federais.
Coluna do Estadão – por Roseann Kennedy