quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Avon é condenada em R$ 215 milhões após uma cliente contrair câncer nos EUA


Uma surpresa nada agradável caiu no colo da Natura&Co após ter completado a aquisição da Avon. Isso porque a companhia terá de arcar com cerca de R$ 215 milhões (US$ 46 milhões) para indenizar uma mulher residente da Califórnia que alega ter se contaminado por amianto após o uso de produtos da fabricante norte-americana.
Em uma ação movida em Los Angeles em fevereiro deste ano, Rita-Ann Chapman e seu marido Gary Chapman processaram a Avon e outras empresas alegando que seus produtos continham amianto causador de câncer e são os culpados pelo mesotelioma de Rita-Ann. O mesotelioma é um câncer do tecido fino que reveste os órgãos internos do corpo.

O veredicto dos jurados do caso determinou que a Avon fosse condenada a pagar US$ 36 milhões em danos compensatórios e US$ 10,3 milhões em danos punitivos. No processo, ficou provado que a Avon optou por vender quatro produtos de talco que continham altos níveis de amianto por 103 dias para esgotar seus estoques.

Apesar da derrota, a empresa acredita “ter fortes fundamentos para anular o veredicto neste caso e buscará, de forma imediata, todos os mecanismos disponíveis para sua defesa".Considerando a possibilidade de recursos, a empresa diz que o "tribunal excluiu indevidamente todas as testemunhas factuais" e "errou" ao negar a anulação do julgamento.

Na B3, a ação da Natura &Co fechou em alta de 3,33% mesmo com o revés sofrido pela sua controlada nos Estados Unidos. A alta pode ser explicada pelo otimismo que impulsionou os papéis de varejo após decisões do STF em Brasília nesta segunda-feira (19).