
Ao mesmo tempo em que relatou sua “indignação” com as “mentiras” dos delatores que afirmaram terem pago propinas a ele e seus aliados referentes às grandes obras do governo do Rio, o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) não soube explicar à Polícia Federal, ou afirmou não se recordar, sobre detalhes envolvendo sua própria residência e despesas de sua família e sua esposa, incluindo jóias e obras de arte.
Em seu depoimento prestado aos investigadores no dia 17, por exemplo, o peemedebista relatou que, no final de 2010, teve que sair do imóvel em que morava “devido a necessidade de obra” e foi morar em um imóvel emprestado por Guilherme Paes. Questionado, porém, sobre quem teria contratado a obra e comprado o mobiliário para sua residência, ele disse que “não se recorda”.