
A possibilidade crescente de o Rio de Janeiro pedir ao governo Michel Temer uma intervenção federal poderá atingir em cheio a agenda de reformas econômicas do Palácio do Planalto. A Constituição é taxativa ao dizer que ela não poderá ser emendada durante o período de vigência de uma intervenção federal. Isso significa que a PEC do Teto dos Gastos e a Reforma da Previdência – que também implicará mudança constitucional – não poderão ser aprovadas pelo Congresso no intervalo de tempo de uma eventual intervenção.
Por ora, autoridades do Rio afirmam nos bastidores que querem uma espécie de intervenção branca federal. Em troca de uma ajuda de R$ 14 bilhões da União, topariam até perder a autonomia na administração das finanças estaduais, com uma eventual nomeação, pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de um gestor temporário.