A greve dos caminhoneiros chega em um momento crucial para os exportadores de carnes. É um dos períodos mais ativos do setor, devido à formação de estoques e antecipação de compra pelos países do Leste Europeu.
As vendas aumentam neste período porque vários portos dos países frios fecham nos próximos meses. Isso ocorre principalmente na Rússia, um dos principais destinos das carnes brasileiras.
O maior problema para os exportadores, se a greve perdurar muito, é o descumprimento de contratos, o que acarreta multas. Um terço das exportações de aves é de frangos de 30 a 32 dias, diz Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).
Se esse frango não for vendido no tempo certo, não será mais aceito e ficará no mercado interno, pressionando ainda mais a oferta.
De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (9) pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), o setor deverá colocar 74 mil toneladas de carne suína no mercado externo neste mês; as vendas de carne bovina deverão atingir 116 mil toneladas; e as de frango, 360 mil.
Os principais corredores de exportação de carnes suína e de frango são os portos do Sul -70% da carne de aves sai pelos três Estados da região.
Já o volume de carne suína exportada por esses portos soma 75% do total vendido pelo país ao exterior.
O Paraná, seguido de Santa Catarina, é o líder em exportação de carne de frango. Já Santa Catarina, seguida pelo Paraná, lidera as exportações de carne suína.
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