segunda-feira, 6 de julho de 2015

Onda de greves expõe insatisfação de docentes.

Além do salário, a possibilidade de perda de direitos conquistados também motivou professores de vários estados a entrarem em greve. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Das 27 unidades federativas do Brasil, em 11 os docentes da rede estadual entraram em greve em 2015. Desses, nove pagam remuneração inicial abaixo da média nacional, segundo levantamento feito pelo portal G1. O Paraná é um deles.
Segundo os dados do G1, obtidos com governos estaduais e sindicatos, o professor da rede estadual com licenciatura ganha, em média, R$ 16,95 por hora no país. Os docentes paranaenses recebem um pouco menos: R$ 15,46.
O Paraná, porém, aparece melhor colocado quando comparado com os demais estados do Sul e Sudeste. A reportagem da Gazeta do Povo consultou o valor do salário-base dessas sete regiões para a jornada de 20 horas, e o do Paraná é o terceiro maior: R$ 1.236,62. Foram considerados os valores vigentes em junho.
Mas não é só a questão salarial que motivou as paralisações de docentes. Segundo a secretária-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Marta Vanelli, a possibilidade de perder direitos já conquistados também pesou.
 “A primeira paralisação no Paraná, aliás, foi justamente para barrar o andamento de um projeto que previa perda de direitos”, diz.