sábado, 25 de julho de 2015

MPF apresenta alegações finais em ação penal contra Cerveró e Youssef

Camargo, Cerveró, Youssef e Baiano (Foto: Reprodução, Alaor Filho/Estadão Conteúdo, Félix R./Futura Press/Estadão Conteúdo, Geraldo Bubniak/AGB/Estadão Conteúdo)

O Ministério Público Federal (MPF) reforçou na quarta-feira (22) o pedido da condenação judicial do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, do lobista Fernando Baiano, do consultor Júlio Camargo e do doleiro Alberto Youssef por crimes como corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
O pedido foi protocolado nas alegações finais da ação penal originada na 8ª fase da Operação Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de desvio de dinheiro na Petrobras. As alegações finais são a última etapa na tramitação dos processos, antes da sentença do juiz.
Em dezembro, o MPF apresentou à Justiça Federal a denúncia contra os, então, acusados. Depois de o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, aceitar a denúncia, todos eles passaram a ser réus. Desde então, testemunhas de defesa e de acusação, além dos próprios, réus, foram ouvidos por Moro em audiências.
Foi em uma audiência desta ação que Júlio Camargo afirmou que o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB), pediu US$ 5 milhões para viabilizar um contrato de navios-sonda na Petrobras. O deputado nega.
Além disso, o MPF pede a devolução de R$ 296 milhões e que as penas sejam cumpridas, incialmente, em regime fechado. O dinheiro refere-se aos valores desviados da Petrobras mais o ressarcimento pelos danos causados aos cofres públicos.

Todos são acusados de participarem do esquema criminoso bilionário na estatal desvendado pela Operação Lava Jato – com exceção de Júlio Camargo, os réus estão presos. Nestor Cerveró na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, e Fernando Baiano no Complexo-Médico Penal, na Região Metropolitana da capital paranaense.