quarta-feira, 30 de abril de 2025

Internautas fazem memes com camisa vermelha da seleção brasileira


 











Internautas continuaram compartilhando memes nas redes sociais sobre a possível nova camisa vermelha da seleção brasileira de futebol. A repercussão começou depois do site especializado Footy Headlines divulgar que a nova camisa alternativa da seleção seria produzida pela marca Jordan — substituindo a Nike nesse modelo específico —e teria “uma base vermelha moderna e vibrante”.

CBF NEGA

Em nota divulgada nesta 3ª feira (29.abr.2025), a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) negou a informação. Disse que o estatuto da entidade não permite o uso de uniformes em cores diferentes das da bandeira nacional em partidas oficiais. Afirmou, ainda, que nem a CBF nem a Nike definiram formalmente detalhes sobre os novos uniformes da equipe brasileira.

Poder 360

Carreta da Inovação recebe mais de 15 mil visitantes e leva tecnologia

 


Em quatro meses de operação, a Carreta da Inovação alcançou 24 municípios e já recebeu cerca de 15 mil visitantes. Utilizando duas unidades móveis equipadas com recursos tecnológicos como internet Starlink, o projeto oferece gratuitamente oficinas e demonstrações em áreas como robótica, inteligência artificial, realidade virtual, impressão 3D e CNC (corte a laser).

O projeto é promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Inovação e Inteligência Artificial (Seia), com apoio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Fundação Araucária, municípios e diversos parceiros. O objetivo é ampliar o acesso a essas tecnologias em diferentes comunidades do Estado.

A Carreta iniciou suas atividades durante a Operação Verão, atendendo Morretes, Antonina e Paranaguá, no Litoral. Simultaneamente, outra unidade começou a operar em Foz do Iguaçu (Oeste), na Fronteira. As duas carretas seguiram roteiros distintos por todo Paraná, passando por Cascavel, São José dos Pinhais, Campo Largo, Campo Mourão, Umuarama, Rio Negro, São Mateus do Sul, Cianorte, Prudentópolis, Ivaiporã, Cândido de Abreu, Jandaia do Sul, Mauá da Serra, Cambé, Marilândia do Sul, Apucarana, Rolândia, Borrazópolis. Atualmente, os atendimentos estão ocorrendo em Arapongas e Lunardelli.

O projeto terá continuidade até 2026, percorrendo somente neste ano quase 70 cidades em todas as regiões do Estado, como explica o secretário da Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani. “Visitei todos os municípios onde a Carreta passou e tenho visto como é gratificante ver a interação de público de todas as idades. Nós temos oficinas para idosos, crianças, universitários, estudantes. É o que buscamos, popularizar a inovação em todo Estado”.

A ação também tem sido uma plataforma para divulgar os projetos acadêmicos. O professor de Ciência da Computação da Unespar em Apucarana, Lisandro Modesto, apresentou junto com seus alunos do 4.° ano um projeto de computação de uma casa toda automatizada.

“Quando a Carreta da Inovação encostar em algum município, vá visitar. Porque, de fato, é o acesso que a gente tem mais rápido a um monte de coisa inovadora junto desde o processo de ensino de uma oficina de robótica até você mostrar uma casa automatizada, mostrar impressora 3D, 4G, Zero Ops e realidade virtual”, incentiva Modesto.

Mulher mantida em cárcere pelo marido é resgatada após funcionários de UPA suspeitarem da situação e chamarem a polícia no PR

 















Uma mulher que estava sendo mantida em cárcere privado pelo companheiro foi resgatada após funcionários de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), desconfiarem da situação e chamarem a Polícia Militar (PM-PR). O caso aconteceu na segunda-feira (28), em Sarandi, no norte do Paraná.

Após a denúncia, o homem foi preso. Conforme a PM, a mulher tinha uma medida protetiva de urgência em vigor contra ele desde fevereiro deste ano.

De acordo com a polícia, a mulher deu entrada na UPA, acompanhada do homem, pois tinha tido um mal estar. Ela já havia sido atendida no local em outras situações em que foi vítima de violência doméstica pelo agressor.

Por isso, segundo a PM, a equipe do local já havia sido orientada pela assistente social da UPA, caso a situação se repetisse.

Com a chegada da PM, a mulher contou que vivia presa e era ameaçada pelo companheiro. Ela também informou que estava sendo obrigada por ele a prometer que ia retirar a proteção judicial contra ele.

De acordo com a PM, a mulher também apontou o agressor como uma pessoa extremamente violenta e com distúrbios comportamentais.

Polícia isolou entradas e saídas da UPA para prender o homem. Após receberem o chamado, os policiais foram até a unidade de saúde e isolaram entradas e saídas do local para prender o homem.

Conforme a PM, ele resistiu com violência à prisão, mas foi imobilizado e levado para a delegacia de Sarandi, onde permanece à disposição da Justiça.

Afastamentos, aposentadorias e mortes por acidente de trabalho estão em alta no Paraná


 












O Paraná registrou um expressivo aumento no ano passado no número de afastamentos, aposentadorias e concessões de pensão por morte em decorrência de acidente do trabalho. É o que revelam dados da Previdência Social e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), disponibilizados através da Iniciativa Smartlab, uma plataforma organizada e alimentada por dados públicos para a promoção do Trabalho Decente. 

O mês de abril, inclusive, é quando se celebra o Abril Verde, uma campanha anual para conscientizar sobre a importância da prevenção de acidentes e doenças no trabalho. E na próxima quinta-feira (1º de maio) é também celebrado o Dia do Trabalhador.

Sempre conforme os dados do Smartlab, no ano passado foram concedidos 12.098 benefícios previdenciários acidentários em todo o Paraná. Para se ter uma dimensão do que isso representa, é como se a cada dia 33 trabalhadores fossem considerados incapacitados temporariamente para o trabalho em decorrência de acidente de trabalho ou doença profissional. Além disso, na comparação com o ano anterior (2023, quando haviam sido concedidos 10.046 benefícios desse tipo), verifica-se um aumento de 20,4% nos registros.

Essa, no entanto, não é a única estatística que indica uma piora no quadro acidentário no estado.

No ano passado, também houve aumento nas concessões de aposentadoria por invalidez acidentária. A alta foi de 20,3%, com o número de aposentadorias saltando de 281 para 338 de um para outro ano. Da mesma forma, o auxílio-acidente (um benefício previdenciário pago pelo INSS ao segurado que, após se recuperar de um acidente ou doença, apresenta sequelas permanentes que reduzem sua capacidade para o trabalho) também se tornou mais comum. Foram 3.026 concessões em 2024, número 50,7% superior aos 2.008 benefícios concedidos em 2023.

CBF nega camisa vermelha na Seleção Brasileira


 










A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) negou que a próxima camisa secundária da Seleção Brasileira será vermelha. Em nota, a entidade informou que vai apresentar os uniformes oficiais para a Copa do Mundo de 2026 em junho do ano que vem. “Até o momento, a CBF não aprovou nenhum uniforme.”

A repercussão nas redes sociais começou nesta segunda-feira, 28, depois que o site inglês Footy Headlines publicou a suposta mudança de visual. A informação era que a instituição esportiva adotaria uma camisa vermelha como alternativa ao tradicional azul.

CBF e cores são alvo de discussões nas redes

A notícia do site europeu provocou debates entre torcedores, já que a Seleção é tradicionalmente associada às cores amarela, azul e verde. Parte do público demonstrou simpatia com a possível novidade, enquanto outros criticaram a quebra da tradição. O narrador Galvão Bueno, por exemplo, fez duras críticas à hipótese.

A CBF se manifestou ao dizer que já usou uniformes com cores diferentes em ocasiões especiais. Um exemplo recente ocorreu em 2023, quando a equipe entrou em campo vestindo camisetas pretas, em protesto contra o racismo — uma ação em apoio ao atacante Vinicius Jr., vítima frequente de ofensas racistas na Europa.

Mudanças exigem autorização da diretoria

Conforme a CBF, alterações nas cores tradicionais só podem ocorrer com autorização expressa da diretoria, respeitando o estatuto da entidade. A exceção aberta em 2023 foi um modelo simbólico, voltado a uma causa social.

O artigo 13, inciso III do estatuto da CBF estabelece que “os uniformes obedecerão às cores existentes na bandeira da CBF”, podendo variar por exigências climáticas ou em versões comemorativas, desde que previamente aprovadas pela diretoria. A entidade reiterou que qualquer novo modelo seguirá essas regras.

Nota oficial da entidade; confira

“A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) esclarece que as imagens divulgadas recentemente de supostos uniformes da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026 não são oficiais. Nem a CBF e nem a Nike divulgaram formalmente detalhes sobre a nova linha da Seleção. A entidade reafirma o compromisso com seu estatuto e informa que a nova coleção de uniformes para o Mundial ainda será definida em conjunto com a Nike”.

Revista Oeste

INSS e CGU usaram metodologias diferentes para medir tamanho das fraudes em aposentados; entenda


 












As auditorias realizadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e pela Controladoria-Geral da União (CGU), feitas com metodologias diferentes, apresentaram resultados díspares em relação ao tamanho das fraudes nos descontos de aposentados e pensionistas. Para o INSS, os descontos ilegais nos benefícios tiveram uma dimensão menor do que os números apresentados pela CGU – o que indica que o governo poderá ter dificuldade para conseguir identificar e devolver os recursos às vítimas do golpe.

O forte crescimento dos débitos destinados a associações e sindicatos motivou uma investigação pela CGU e culminou na Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal na semana passada. As investigações levaram à demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.

Procurada, a CGU afirmou que os resultados são diferentes “em decorrência de as auditorias terem escopos diversos, inclusive alinhados entre a equipe da CGU e a equipe da Auditoria-Geral do INSS”. O INSS reforçou a nota divulgada na semana passada, alegando que o governo atual tomou “ações imediatas” para coibir irregularidades.

Entre janeiro de 2023 e maio de 2024, o INSS analisou 1,163 milhão de pedidos de cancelamentos e constatou que 90% deles não haviam sido autorizados. Entretanto, diferentemente da CGU, o instituto não procurou diretamente os aposentados para entrevistas presenciais.

“Constata-se que, de acordo com informações fornecidas pelos requerentes, do total de 1.163.455 tarefas de exclusão de descontos, 73.848, referem-se a descontos autorizados, 33.317 sem informação no tocante à autorização, e 1.056.290, correspondendo a aproximadamente 90,78%, apresentaram a indicação de não autorização dos descontos associativos”, diz o INSS na auditoria divulgada em setembro de 2024.

Porém, para o INSS, essa fatia de descontos não autorizados cai de 90% para 54% quando analisada uma amostra de 603 casos em que a documentação foi apresentada pelas próprias associações em relação a cada aposentado.

“Em relação aos 603 casos da amostra em que foi solicitado às entidades a documentação que deu origem aos descontos associativos, em 329 (54,5%) não houve a apresentação dos documentos necessários à comprovação da regularidade desses descontos”, disse a auditoria do órgão.

Já a CGU adotou estratégia diferente e fez entrevistas presenciais com 1.273 aposentados e pensionistas de todo o País entre os meses de abril de julho de 2024. A constatação foi de que 97,6% deles não autorizaram os descontos.

Assim com o INSS, a CGU também fez uma análise da documentação em mãos das associações, mas com resultados distintos. Desse grupo total de 1.273 pessoas, as associações enviaram documentos que comprovariam a autorização de 90 deles. A CGU conversou com esses aposentados e 81% negaram terem dado o consentimento.

“Quando considerados apenas os 90 entrevistados para os quais foram apresentadas as fichas enviadas pelas entidades, os percentuais permanecem altos: 81,1% e 80% para as negativas de autorização e de filiação, respectivamente”, afirmou o órgão.

Isso significa, na visão da CGU, que há alta probabilidade de os documentos terem sido fraudados.

“Este resultado, por sua vez, revela que as assinaturas podem estar sendo recolhidas sem o conhecimento do beneficiário sobre a finalidade ou inclusive que as documentações podem estar sendo fraudadas”, disse o órgão.

Estadão

Brasil corre risco de ver dívida atingir maior nível desde a pandemia, alerta FMI


 












O diretor do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo Valdés, enfatizou que o Brasil tem um “desafio fiscal muito forte” e que um ponto central é se o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentará novas medidas para conter o crescimento da dívida pública.

“O Brasil tem um desafio fiscal muito forte, e eles estão tomando medidas para estabilizar a dívida, mas a discussão que temos com eles é se teremos mais ações nesta direção”, afirmou ele em entrevista coletiva.
O FMI estima que o peso da dívida pública no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve aumentar de 87,3%, em 2024, para 92% neste ano. Ao fim do governo Lula, o organismo estima piora de mais de 12 pontos porcentuais, para 96% em 2026, o patamar de endividamento mais elevado desde 2020.
“Muitos países terão níveis de dívida com índices que retornarão ao pico da covid-19”, reforçou o diretor do FMI. Valdés enfatizou ainda a importância de o Brasil cumprir a meta de superávit primário neste ano.
Quanto aos juros, Valdés destacou que o Banco Central (BC) brasileiro tem mantido uma política monetária “rigorosa” no País, buscando voltar a inflação à meta de 3% com tolerância de 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo. “Dadas as incertezas neste ambiente, é muito importante que os bancos centrais reforcem o compromisso com a independência”, disse.
Desaceleração
Valdés disse que políticas econômicas mais rígidas devem causar uma “desaceleração relevante” do Brasil em 2025. O FMI espera que o Produto Interno Bruto (PIB) do País cresça 2,0% em 2025, uma queda de 0,2 ponto porcentual ante sua última projeção, de janeiro. No ano passado, a economia brasileira cresceu 3,4%.
“Continuamos esperando uma desaceleração relevante no Brasil, impulsionada por políticas mais rígidas apropriadas”, afirmou Valdés.
Jornal O Dia

Geral INSS: PF investiga R$ 5 mi pagos por entidade a agência de turismo


 













A Polícia Federal (PF) investiga um repasse de R$ 5,2 milhões da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) para a agência de turismo Orleans Viagens e Turismo.

A informação consta em decisão judicial da 15ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal que autorizou mandados de busca e apreensão para o avanço das investigações sobre descontos irregulares de beneficiários do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

A Contag é uma das entidades investigadas pela PF, e foi uma das instituições que tiveram seus convênios com o INSS suspensos depois da deflagração da operação Sem Desconto na última quinta-feira (23/4).

As apurações apontam para um prejuízo aos beneficiários que chega a R$ 6,3 bilhões, com descontos efetuados entre 2019 e 2024. Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), nesse mesmo período, a Contag arrecadou mais de R$ 2 bilhões por meio de descontos em mais de 1,3 milhões de aposentados e pensionistas.

Segundo as apurações, foram verificadas transferências de mais de R$ 26 milhões da Contag para 15 destinatários diferentes. Dentre eles, a empresa Orleans, que recebeu os cerca de R$ 5,2 milhões.

“Os exorbitantes valores recebidos pelas empresas Orleans Viagens e Turismo (…), que não possuem aparente justificativa ou vínculo com a entidade, indicam possível desvio de valores proveniente dos descontos associativos dos aposentados e pensionista do INSS”, diz a PF em representação ao juízo.

O documento também diz que “chama atenção” que a agência de turismo é proprietária de 12 veículos, sendo a maioria de “aquisição recente e de alto padrão, como Porsche/911, Dodge/Ram Rampage e Volvo/XC60”.

“A instituição financeira que realizou a comunicação ao Coaf destacou que a Orleans apresentou movimentação incompatível com o faturamento declarado, com recebimento expressivo da Contag, sem aparente justificativa ou vínculo com a entidade. Suspeitou-se de movimentação / intermediação de valores em benefício de terceiros, burla ao sistema, sonegação fiscal e possível ilícito envolvendo de verbas públicas”, disse.

Metrópoles 

Entidades sindicais investigadas pela PF e CGU têm ligações com o Governo, PT, PSB, PDT e MDB.

 


As entidades sindicais investigadas pela Polícia Federal e pela CGU (Controladoria-geral da União) por descontos não autorizados de benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) têm conexões políticas com partidos como PT, PDT, PSB e MDB.

O presidente da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) é Aristides Veras dos Santos. Ele é irmão do deputado federal Carlos Veras (PT-PE). Desde o início de fevereiro, o parlamentar é o primeiro secretário da Câmara.

A Contag é a entidade que mais recebe recursos de descontos em benefícios do INSS. Só em fevereiro foram R$ 36,5 milhões de 1,2 milhão de associados..

Já a secretária-geral da entidade até esta quinta (24), Thaisa Silva, foi secretária-geral no Mato Grosso do Sul do Movimento Popular Socialista, ligado ao PSB, em 2023. No ano seguinte, foi candidata a vereadora de Campo Grande pelo MDB, ficando com a suplência.

“É um erro grosseiro colocar a Contag no mesmo patamar de instituições que têm realizado ações com fortes indícios de irregularidades e outras que, inclusive, a própria Contag e algumas de suas federações filiadas, já informaram os desmandos realizados e que configuram fraudes”, disse, em nota, a entidade sindical.

“Não há qualquer vinculação que possa ser estabelecida entre o mandato do deputado Carlos Veras e o acordo entre a Contag e o INSS”, acrescenta a nota.

Veras afirma que seu mandato “tem origem na agricultura familiar e no movimento sindical rural, trajetória que compartilha com seu irmão, Aristides Santos, dirigente da Contag”. “A relação com a Contag é pública, legítima e historicamente baseada em princípios de luta social, solidariedade de classe e compromisso com as pautas do campo”, disse em nota.

Ao contrário das outras investigadas, a Contag não teve um aumento expressivo nos associados entre 2021 e 2023, de acordo com o TCU (Tribunal de Contas da União). Eram 1,5 milhão em dezembro de 2021 e 1,4 milhão no último mês de 2023.

O Sindiapi (Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da UGT) por sua vez tem como vice-presidente o irmão do presidente Lula (PT), José Ferreira da Silva, o Frei Chico. Ele está no posto há um ano e ocupa diretorias na entidade desde 2008.

O presidente do sindicato é Milton Cavalo, dirigente do PDT —partido do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

De acordo com o TCU, o número de associados ligados ao sindicato passou de 8.900 em dezembro de 2021 para 54,8 mil em dezembro de 2023. Em fevereiro deste ano, foram 207 mil descontos em folha para a entidade.

“Não fomos intimados, não teve busca e apreensão em nenhuma das mais de 80 sedes do Sindiapi no país todo. Estranho essa alegação de termos sido alvos da PF e não ter tido nada”, disse Cavalo. “A entidade apoia integralmente as investigações sobre eventuais irregularidades nos descontos aplicados sobre os benefícios dos aposentados”, acrescentou.

As onze entidades investigadas pela PF e pela CGU por descontos indevidos de aposentadorias pagas pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) responderam por 60% do total abatido dos benefícios em fevereiro deste ano.

De acordo com as investigações, a soma dos valores descontados chega a R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024, mas ainda será apurado qual a porcentagem foi feita de forma ilegal.

Folhapress


Geral Por 6×4, STF referenda decisão de Moraes e mantém prisão de Collor


 











O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu referendar a decisão do ministro Alexandre de Moraes e manter a prisão do ex-presidente Fernando Collor.

O placar final foi de 6×4. Votaram para acompanhar a decisão de Moraes: Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli.

Os ministros André Mendonça, Luiz Fux, Nunes Marques e Gilmar Mendes divergiram e votaram para revogar a prisão.

Os quatro ministros divergentes consideraram que o recurso apresentado pela defesa de Collor tem base no Regimento Interno do STF e deveriam ser acatados.

Fux, Gilmar e Mendonça também mencionaram discordar de Moraes ao dizerem que o recurso não foi “meramente protelatório”.

Decisão de Moraes

Moraes pediu a prisão imediata do ex-presidente na quinta-feira (24), após rejeitar o segundo recurso da defesa de Collor, que foi condenado — em maio de 2023 — a oito anos e dez meses de prisão por participação em esquema de corrupção na BR Distribuidora, atual Vibra.

Neste segundo recurso, a defesa que fosse considerada a pena sugerida pelos ministros que votaram por punições mais leves durante sua condenação em 2023: André Mendonça, Nunes Marques, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.

Na decisão, Moraes afirmou que esse tipo de pedido só é aceito quando ao menos quatro ministros votam pela absolvição total, o que não aconteceu, nem mesmo se os crimes forem analisados separadamente.

O ministro disse ainda que a defesa de Collor tinha “intenção protelatória” ao entrar com o segundo recurso, já que não apresentou fatos novos. Com isso, julgou ser necessário que a decisão seja cumprida de forma imediata.

A decisão ainda precisava ser referendada pelo Plenário da Corte, que iniciou o julgamento na sexta-feira (25). Naquele dia, a votação foi suspensa por pedido de destaque de Gilmar Mendes, o que levaria o julgamento para o plenário físico.

No entanto, o ministro recuou da decisão, permitindo que a análise prossiga no plenário virtual, onde não há debates entre os ministros — apenas o registro dos votos no sistema eletrônico do STF.

Segundo apurou a CNN, houve uma articulação para que Mendes retirasse o pedido de destaque. A avaliação interna foi de que seria ruim manter a prisão de Collor com uma decisão monocrática, especialmente porque a próxima sessão presencial da Corte está prevista apenas para o dia 7 de maio.

Em 2023, a maioria dos ministros da Corte entendeu ter ficado comprovado que Collor recebeu R$ 20 milhões de propina entre 2010 e 2014 para facilitar a construção de obras da UTC Engenharia na BR Distribuidora usando sua influência política como senador.

Ele não foi preso na época porque ainda cabiam recursos da decisão. Essas possibilidades de recurso ficam agora esgotadas com a terceira condenação pela Corte.

O ex-presidente foi preso na madrugada de sexta-feira (25), em Maceió, Alagoas, e segue em sala especial do presídio. A defesa tenta prisão domiciliar e alega que Collor tem mais de 75 anos e sofre com comorbidades graves.

CNN

Em meio à investigação de fraude, Lula só deve demitir Lupi se houver provas contra ministro


 














O presidente Luiz Inácio Lula da Silva só deve demitir o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, se houver provas contra ele no caso das fraudes do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). Segundo apurado pelo R7 e pela RECORD, o petista, por enquanto, não deve dispensar Lupi, que está no governo desde o início do mandato. Apesar de avaliarem que o ministro não está ameaçado, as fontes admitem que ele tem sido atingido pelo assunto. “Obviamente ele terá um caminho duro nos próximos dias”, destacou um interlocutor.

Apesar do desgaste e da “pancadaria”, como relatou uma fonte, Lupi não é oficialmente investigado pela operação da Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União) da última terça-feira (22).

Lupi reconheceu, nessa segunda (28), que houve demora do INSS para investigar o esquema de desvio em benefícios de aposentados e pensionistas. Em reunião do Conselho Nacional de Previdência Social, ele argumentou que os processos internos do órgão são demorados porque o instituto não é “um botequim de esquina”.

Apesar do contexto, pessoas que estiveram no encontro do conselho dessa terça relataram à reportagem que a atmosfera da reunião ficou dentro do previsto, com clima “sóbrio e um pouco tenso”. O assunto não estava na pauta do grupo, que se reúne todo mês, mas foi abordado por Lupi logo na fala de abertura.

O ministro recebeu as primeiras denúncias sobre possível fraude no INSS em junho de 2023 e determinou que o assunto fosse investigado, o que foi concluído em setembro do ano passado. “Eu pedi à época, instruí, para que o INSS, que é a instituição responsável pela ação dessa política pública, começasse a apurar essas denúncias apresentadas. Levou-se tempo demais”, admitiu.

R7

terça-feira, 29 de abril de 2025

Internautas associam nova camisa vermelha da seleção ao PT


 











Internautas associaram a possível nova camisa vermelha da seleção brasileira de futebol ao PT (Partido dos Trabalhadores), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem como símbolo a bandeira vermelha com uma estrela branca ao centro.

“O PT conseguiu mudar até a cor da camisa da seleção brasileira, inacreditável”, declarou um usuário do X (ex-Twitter). Segundo o site inglês especializado Footy Headlines, o modelo será o 2º uniforme na Copa do Mundo 2026.

Caso confirmado, essa será a 1ª vez que o Brasil usará uma cor fora da paleta da bandeira nacional. De acordo com o Footy Headlines, o uniforme será produzido pela marca Jordan, que substituirá a Nike exclusivamente para esse modelo.

“Camisa vermelha… O que vem depois? A estrela do PT estampada, convocação assinada pelo MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra]e o hino trocado por ‘Lula lá’?”, perguntou o vereador e cofundador do MBL (Movimento Brasil Livre), Rubinho Nunes (União Brasil-SP).

Poder 360

Colombianos dizem que foram impedidos de retirar pertences em Ivaiporã


 














Na tarde de segunda-feira (28), dois colombianos foram atendidos pela Polícia Militar (PM) em Ivaiporã após alegarem que estavam sendo impedidos de retirar seus pertences de uma casa na cidade.

Conforme informações do boletim de ocorrência da PM o casal, que está há quatro dias no município, buscou ajuda no CRAS. Segundo relato da psicóloga da instituição, eles afirmaram que viajaram a convite de uma conhecida, com promessa de emprego.

Essa mulher, segundo contaram, havia conhecido o casal em Telêmaco Borba. Eles disseram que, ao chegarem a Ivaiporã, não encontraram as oportunidades prometidas e decidiram retornar ao país de origem.

Essa mulher, segundo contaram, havia conhecido o casal em Telêmaco Borba. Eles disseram que, ao chegarem a Ivaiporã, não encontraram as oportunidades prometidas e decidiram retornar ao país de origem.
Ainda conforme o boletim, a mulher não estaria permitindo a retirada dos objetos pessoais do casal.

Os agentes se dirigiram ao local acompanhados dos colombianos ao endereço informado. No momento da chegada, a senhora também compareceu ao local e, após diálogo com a equipe, autorizou a entrada dos colombianos para que recolhessem seus pertences pessoais. A ação transcorreu de forma tranquila.

PF rastreia verba para respiradores e encontra compra de carros


 










A Polícia Federal (PF) realizou um minucioso rastreamento da verba destinada para a aquisição de respiradores para atender às demandas da covid. Conforme apurado pelo portal UOL, descobriu-se que a empresa Hempcare, ao receber o pagamento em abril de 2020, não utilizou integralmente os recursos para a compra dos equipamentos. Pelo contrário, a empresa destinou parte considerável desse montante milionário para repasses a terceiros não relacionados ao fornecimento de respiradores.

Esses terceiros, por sua vez, dissiparam os valores recebidos através de novas transferências, demonstrando um esquema complexo de lavagem de dinheiro. Surpreendentemente, durante o rastreamento, a PF identificou que parte desses recursos desviados foi utilizada até mesmo para a compra de carros, revelando um desvio substancial da finalidade inicial dos pagamentos.

A descoberta dessas transações suspeitas levou as autoridades a aprofundarem as investigações e a mapearem toda a rede de pessoas e empresas envolvidas no desvio desses recursos. A complexidade do esquema revela uma operação sofisticada para ocultar o desvio de verbas destinadas à saúde em meio à crise da pandemia.

Investigação da PF encontrou indícios de que os R$ 48,7 milhões pagos pelo Consórcio Nordeste — então presidido por Rui Costa, ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil — para a compra de respiradores pulmonares nunca entregues foram desviados pela empresa contratada por meio de sucessivas transferências bancárias. Ao final, segundo a PF, o dinheiro público bancou gastos particulares, como a compra de carros e o pagamento de faturas de cartão de crédito. O UOL teve acesso com exclusividade a detalhes inéditos do inquérito.

Em um intervalo de apenas um mês (8 de abril a 20 de maio de 2020), a empresa Hempcare esvaziou suas contas, transferindo integralmente os R$ 48,7 milhões recebidos do Consórcio Nordeste para diversas pessoas e empresas sem qualquer ligação com a compra de ventiladores.

Em um período inferior a um mês, o dinheiro desviado irrigou a compra de bens de alto valor. Uma das beneficiárias adquiriu um SUV Volkswagen Touareg (R$ 75 mil, em valores da época), um caminhão Mercedes-Benz Accelo 815 (R$ 176 mil) e um Mitsubishi ASX (R$ 76 mil), todos em 2020. Outro destinatário dos repasses utilizou parte dos fundos para quitar R$ 150 mil em faturas de cartão de crédito.

Os recursos serviram até para pagar a mensalidade da escola dos filhos de um dos investigados, segundo a apuração da PF. “Impressiona verificar que as investigações cuidaram de apontar que até mesmo as faturas de cartões de crédito da investigada, que perfizeram o montante de R$ 149.378,74, foram pagas com valores advindos das contas da Gespar Administração de Bens. Ou seja, com dinheiro originalmente público destinado à compra dos respiradores pulmonares”, aponta um trecho do processo.

Como a máfia da anestesia encarece a saúde no DF


 













Nos bastidores dos hospitais do Distrito Federal, um esquema financeiro robusto garante a sobrevivência de um monopólio silencioso, mas devastador: o da anestesiologia. Com domínio quase absoluto do mercado, a cooperativa que controla o setor impôs uma lógica de preços inflacionados, concentrando lucros em poucos sócios enquanto empurra o custo final para hospitais, planos de saúde e, em última instância, para toda a população.

O funcionamento da engrenagem passa por uma tabela própria de preços para procedimentos anestésicos — uma tabela que, em muitos casos, cobra valores até sete vezes maiores do que os praticados pelas referências tradicionais do mercado. Sem alternativas, hospitais e planos de saúde são forçados a aceitar essas condições para garantir atendimento.

Segundo as investigações, o modelo financeiro se baseia em uma divisão desigual: os planos de saúde pagam à cooperativa, que retém uma taxa administrativa e repassa o restante aos grupos de anestesia. Dentro desses grupos, a maior parte do faturamento é concentrada entre poucos sócios, enquanto os anestesistas que executam a maioria dos procedimentos recebem valores fixos baixos, desproporcionais ao volume de trabalho que realizam.

Um hospital de grande porte na capital ilustra bem essa lógica. Com apenas seis salas de cirurgia em operação, o grupo de anestesiologia que atuava no local movimentava mensalmente cerca de R$ 1,2 milhão.

Ainda assim, os profissionais responsáveis pelos plantões recebiam remunerações fixas que, mesmo nos valores mais altos, representavam apenas uma pequena fração do faturamento total — o restante era repartido entre os sócios majoritários.

De acordo com os levantamentos feitos no âmbito da investigação, a consequência direta desse modelo é o aumento expressivo dos custos para os planos de saúde, que inevitavelmente repassam esses gastos aos consumidores em forma de mensalidades mais caras.

O impacto vai além do setor privado, conforme a coluna revelou, hospitais públicos enfrentam sérias dificuldades para contratar anestesistas, já que os preços exigidos pela cooperativa superam as condições previstas em editais públicos.

Em um dos hospitais públicos especializados em atendimento infantil, editais para contratação de anestesistas foram ignorados, inviabilizando a realização de cirurgias. E em toda a rede pública do DF, centenas de procedimentos ficaram represados porque os preços cobrados ultrapassavam a capacidade orçamentária do sistema.

Metrópoles

INSS e entidades suspeitas de fraude travam auditoria do TCU


 











O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) se associou a entidades acusadas de fraude nos chamados “descontos associativos” e solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) a suspensão do acórdão da Corte, que estabelece uma série de recomendações para coibir essas cobranças.

Aposentados e pensionistas do INSS podiam se associar a entidades conveniadas para que a mensalidade fosse descontada automaticamente de seus benefícios. De acordo com a Polícia Federal, algumas dessas associações estavam envolvidas em um esquema de fraude bilionária.

Esses recursos foram apresentados em junho de 2024, após uma auditoria do TCU, e estão sob a relatoria do ministro Aroldo Cedraz. Em cinco ocasiões, Cedraz levou os recursos ao plenário, mas acabou retirando-os de pauta. Até o momento, o julgamento não ocorreu, o que significa que as recomendações não foram cumpridas pelo INSS e pelas entidades.

O recurso do INSS é assinado pelo procurador-geral do instituto, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, que foi afastado na operação da Polícia Federal na semana passada, junto com outros três funcionários.

Procurado pela CNN, o INSS informou que não se posicionará sobre o caso.

A operação também resultou na demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.

O recurso, sigiloso, foi obtido pela CNN. Nele, o INSS solicita ao TCU que suspenda a parte do acórdão que determina “o bloqueio automático para averbação de novos descontos, sejam de empréstimo consignado, sejam de mensalidade associativa, para todos os segurados do INSS, independentemente da data de concessão do benefício”. Na prática, essa recomendação visa impedir novos descontos associativos, que foram o foco das fraudes investigadas pela PF.

O pedido do INSS é semelhante ao de outras entidades envolvidas na operação da PF. A Universo Associação dos Aposentados e Pensionistas dos Regimes Geral da Previdência Social e a Associação de Proteção e Defesa dos Direitos dos Aposentados e Pensionistas (Apdap Prev) também solicitaram ao TCU que alterasse sua decisão, que prevê a exclusão de todos os descontos automáticos caso as autorizações não sejam revalidadas no prazo de 120 dias.

De acordo com relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), a Universo teve descontos estimados em R$ 81 milhões no primeiro trimestre de 2024. A CGU também apontou que 27.560 dos 276.842 beneficiários pediram a exclusão de seus nomes da contribuição associativa. A Apdap Prev, por sua vez, teve descontos estimados em R$ 76,8 milhões, com 12.856 aposentados solicitando a exclusão de suas contribuições de um total de 220.975 associados no primeiro trimestre de 2024.

O esquema foi descoberto após a CGU notar irregularidades ao observar o aumento nos valores cobrados na folha de pagamento dos aposentados na modalidade de descontos associativos. Uma pesquisa com os beneficiários revelou que 98% dos aposentados e pensionistas nunca haviam solicitado a associação e sequer reconheciam as cobranças. Desde 2019, o total arrecadado com esses descontos somou R$ 6 bilhões.

A investigação revelou a falta de verificação das autorizações e a possibilidade de falsificação de documentos. Onze entidades foram alvos de ações judiciais, e o INSS suspendeu todos os convênios do tipo.

CNN

Energia começa a voltar em algumas regiões de Portugal e Espanha após caos por apagão


 













O fornecimento de eletricidade foi reestabelecido em partes da Espanha e Portugal, informaram as operadoras de rede de ambos os países, após horas de caos em toda a Península Ibérica.

A René Elétrica Nacional (REN), fornecedora de energia portuguesa, informou que a produção foi restaurada na usina hidrelétrica de Castelo de Bode e na usina termelétrica da Tapada de Outeiro.

Com essas usinas agora ativas, o consumo está sendo gradualmente retomado em Portugal — primeiro nas áreas ao redor dessas usinas e progressivamente em áreas mais distantes, pontuou a REN.

Enquanto isso, a Red Elétrica (REE), operadora de rede da Espanha, comentou que a eletricidade foi restaurada em várias regiões, incluindo Catalunha, Aragão, País Basco e Andaluzia.

CNN Brasil

Lula turbina salários de 323 aliados com cargos em conselhos


 













O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva garante renda extra a 323 aliados que nomeou para conselhos de estatais ou de empresas privadas das quais a União é acionista. Esses cargos rendem remunerações apenas pela participação em reuniões dos colegiados, realizadas periodicamente em intervalos que variam de acordo com normas de cada organização.

Com os adicionais, os valores dos contracheques podem chegar a mais de R$ 80 mil. O benefício alcança ministros, secretários-executivos, chefes de gabinete, assessores do Palácio do Planalto, servidores comissionados, dirigentes do PT, ex-parlamentares do partido e até apadrinhados do Congresso.

Procurado, o Planalto disse que as nomeações seguem exigências da Lei das Estatais e passam por avaliação dos comitês de elegibilidade das empresas que verificam a conformidade dos processos de indicação.

Para mapear o tamanho da “turma dos conselhos”, o Estadão fez, ao longo do último mês, mais de 40 pedidos com base na Lei de Acesso à Informação, cruzou dados das empresas e analisou documentos de ministérios da gestão petista.

Foram contabilizados conselheiros cujos mandatos estavam em vigência até o último dia 15 de abril e que têm ou já tiveram cargos de indicação política no Executivo federal durante o atual mandato de Lula. Também foram incluídos aqueles ligados aos partidos da base e às principais lideranças do Congresso, como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), seu antecessor, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).

Conselhos fiscais e de administração são responsáveis por decisões estratégicas. Em negócios privados, seus integrantes costumam ser pessoas com larga experiência em gestão e com conhecimento específico sobre os setores em que atuam. Nas companhias sob influência do governo, por outro lado, parte desses postos é distribuída a figuras sem credenciais técnicas em razão de seu apadrinhamento político e como forma de complementar salários.

É o caso de Débora Raquel Cruz Ferreira, chefe de gabinete da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), vinculada ao Ministério da Gestão. Formada em jornalismo, ela é conselheira da Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPROM). A companhia, fundada em 1982, é gerida pelo Comando da Marinha e tem como atribuição “promover a indústria militar naval brasileira”.

Antes de assumir o cargo na pasta comandada por Esther Dweck, Débora era assessora de imprensa do Ministério dos Esportes. Cumpriu essa função também em outros órgãos, como a Câmara, o governo do Distrito Federal e um sindicato de trabalhadores da saúde da capital.

Já Lucas Monteiro Costa Dias, diretor de programa na Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) é bacharel em história e tem experiência profissional restrita ao assessoramento de políticos de esquerda. Mesmo assim, tornou-se conselheiro fiscal da Caixa Cartões, uma subsidiária da Caixa Econômica Federal. O posto lhe rende renda extra mensal de R$ 5.430,87. Essa remuneração extra é chamada de “jeton” e complementa salários de servidores públicos com assentos em conselhos.

No currículo, Costa Dias destaca sua expertise em “relações públicas, mediação de conflitos, demandas de entidades da sociedade civil e planejamento e execução de projetos de organizações não governamentais”. As atividades são bem distintas daquela anunciada pela empresa em que ele trabalha, dedicada à gestão de participações societárias e exploração do mercado de meios de pagamentos.

O Ministério de Portos e Aeroportos indicou para a Companhia das Docas do Rio Grande do Norte (Codern) Felipe Matos, secretário de Desenvolvimento Econômico da prefeitura de Recife (PE), que não tem qualquer relação com a gestão da estatal.

Chefe da pasta, Silvio Costa Filho (Republicanos) é de Pernambuco e um dos principais aliados do prefeito da capital, João Campos. Matos é uma indicação que o Republicanos, partido do ministro, fez para a administração municipal.

Em resposta a pedido de esclarecimentos do Estadão, o governo defendeu que “é cada vez mais recomendado que os conselhos tenham profissionais de diferentes formações”, mesmo em companhias privadas. “Essa pluralidade está em consonância com as melhores práticas de governança corporativa e tem papel estratégico para que essas empresas sigam sendo sustentáveis e cumprindo seu papel no desenvolvimento do país.”

A Prefeitura de Recife alegou que Matos tem conhecimento na área de concessões, tendo atuado em estudos de viabilidade para diversos tipos de infraestrutura, inclusive portuária.

O Ministério de Portos e Aeroportos disse que a indicação seguiu todos os requisitos técnicos e legais e que o conselheiro não precisa pertencer ao Estado onda e CODERN opera.

Professor de estratégias e gestão pública do Insper, Sandro Cabral vê brechas na legislação que permitem ao governo indicar aliados, mas questiona a qualidade das decisões para a administração pública.

“A questão é: essas pessoas ocupariam cargos similares em empresas privadas sem ingerência do governo? Acho que em alguns casos sim. Mas, no final das contas, boa parte desses conselhos acaba servindo para complementação de salários e apoio político, para agradar a base aliada.”

Ele também avalia que a quantidade de políticos em conselhos é, em parte, consequência de iniciativas de indução da economia pelo setor público.

“É um pouco consequência do modelo de desenvolvimento do Brasil. Apesar das privatizações que houve no passado, a participação do Estado na economia não necessariamente diminuiu. O governo manteve sua atuação em empresas via golden shares e participações do BNDES e de fundos de pensão.”

Para o professor de direito da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) Luis André Azevedo, as indicações devem observar também o princípio da eficiência, além de apenas atender a balizas legais.

“Apesar de não haver na Lei das Estatais a exigência de experiências profissionais ou acadêmicas específicas, o melhor é que a pessoa tenha atuação prévia ou formação na área em que a empresa trabalha. Uma regra muito rígida pode engessar a administração, mas é preciso ancorar a escolha (dos conselheiros) no princípio da eficiência.”

Ele reconhece que, em negócios privados, é comum a composição de conselhos acomodar diferentes perfis, mas alerta para a falta de critérios mínimos. “Os conselhos de administração são cargos de senioridade, o que se traduz em experiência e formação. Gera estranheza ver pessoas que não têm uma coisa nem outra nesses cargos.”

A preferência por aliados em detrimento de lideranças técnicas também se repete no primeiro escalão. Um exemplo é a nomeação da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que é formada em letras, para o conselho de administração da Tupy, uma metalúrgica multinacional privada da qual o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é acionista.

No ano passado, a companhia distribuiu aos integrantes do colegiado R$ 4,28 milhões em remunerações, o equivalente, na média, a R$ 39 mil por mês para cada um deles. Antes de ir para o governo, Anielle atuava como professora de inglês em colégios do Rio de Janeiro e como diretora do Instituto Marielle Franco, uma ONG que milita no campo dos direitos humanos.

Procurada, a pasta afirmou que “Anielle Franco tem experiência em gestão institucional, é referência nos debates sobre diversidade, ações afirmativas e direitos humanos nacional e internacionalmente e é ministra de estado da agenda da Igualdade Racial no Brasil, tendo, portanto, condições de promover reais e ricas contribuições ”

Além dela, como revelou o Estadão, ganharam assentos na empresa os titulares da Previdência, Carlos Lupi, e da Controladoria-Geral da União, Vinícius Marques de Carvalho, que também está no conselho de administração da Brasilcap, subsidiária do Banco do Brasil. Somados o salário de ministro, de R$ 44 mil, e os jetons da Tupy e da Brasilcap, seu contracheque pode chegar a R$ 83 mil em um único mês.

Estadão