segunda-feira, 20 de abril de 2015

‘Pressão de Gleisi’ motivou suspensão de depoimentos nos processos da Lava Jato

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A pressão da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) junto à Polícia Federal está entre os motivos que levaram a Procuradoria Geral da República de pedir a suspensão no STF (Supremo Tribunal Federal) das investigações envolvendo políticos na Operação Lava Jato, revelou o jornal O Globo na edição deste sábado, 18. Assessores de Gleisi e do senador Humberto Costa (PT-PE), segundo o diário carioca, pressionaram a PF para agilizar dos depoimentos. No caso de Gleisi, a PGR também indicou a existência “de perguntas e respostas prontas, antes mesmo da chegada de um procurador para participar do depoimento”.
Gleisi e Costa são suspeitos de receber recursos desviados da Petrobras para suas campanhas eleitorais. Os inquéritos abertos no STF investigam os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os dois petistas já teriam sido ouvidos pela PF, após a pressão dos assessores. “O caso envolvendo a existência prévia de perguntas e respostas é o de Gleisi. Não é usual um depoimento começar com uma transcrição pré-existente do material. Quando a senadora chegou para depor, o delegado da PF já detinha os papéis. Não está claro quem produziu o material. Todo depoimento conta com a participação de um delegado e de um procurador da República”.

Diz a reportagem de Vinicius Sassine n’O Globo.