terça-feira, 30 de dezembro de 2025

Família com dois bebês morre após grave acidente na PR-170 em Rolândia

 


Seis pessoas da mesma família morreram na manhã desta terça-feira (30) em um grave acidente de trânsito na PR-170, no trecho de acesso ao distrito de São Martinho, na região norte do Paraná. As vítimas viajavam em um Chevrolet Zafira e retornavam do litoral para a cidade de Florestópolis, onde residiam, quando colidiram frontalmente com um caminhão.

Não houve sobreviventes no automóvel. Entre as vítimas fatais estão um casal, dois adolescentes e dois bebês, que morreram ainda no local do acidente.

A violência do impacto foi tamanha que o motorista do caminhão foi ejetado da cabine. Ele foi atendido por equipes de resgate e encaminhado ao hospital em estado grave.

A rodovia precisou ser totalmente interditada para os trabalhos da Polícia Científica e do Instituto Médico Legal (IML) de Londrina, responsáveis pela remoção dos corpos. A Polícia Rodoviária segue no local realizando a perícia técnica para confirmar a dinâmica exata do desastre e proceder com a identificação oficial das vítimas.

Endividamento das famílias bate 49,3% e consignado privado explode 257%.


 












O endividamento das famílias brasileiras chegou a 49,3% em outubro, segundo dados do Banco Central. O estoque total de crédito no país atingiu R$ 7 trilhões, mas o preço para o consumidor dispara: a taxa média de juros para pessoas físicas subiu para 59,4% ao ano, o maior nível desde 2017.

O destaque vai para o crédito consignado privado, que saltou 257% no ano. Trabalhadores com carteira assinada, microempreendedores e motoristas de aplicativo, beneficiados pelo programa Crédito do Trabalhador, passaram a ter acesso a mais de R$ 6 bilhões mensais, contra R$ 1,6 bilhão antes do programa. Mas a facilidade tem custo alto: os juros dessa modalidade subiram de 39,1% para uma projeção de 57,1% ao ano.

Especialistas alertam que a combinação de juros altos e salários que não acompanham a inflação tende a aumentar a inadimplência. Jorge Azevedo, especialista em crédito, ressalta que dívidas podem ser boas se usadas para gerar renda, como financiamento de veículo para trabalho, mas a situação atual preocupa pelo custo elevado do crédito.

Para 2026, o cenário é um “cabo de guerra” para o bolso do brasileiro. A nova faixa de isenção do Imposto de Renda deve dar fôlego às famílias com salários de até R$ 5 mil, mas a Selic a 15% até março deve frear o consumo.

Segundo o Banco Daycoval, o dinheiro extra deve se concentrar em crédito habitacional (26%), consignado (24%) e cartão de crédito (19%), indicando que o aumento de renda não será suficiente para aliviar totalmente o endividamento..

Conheça a mansão de R$ 36 milhões em que Vorcaro recebeu Alexandre de Moraes e outros políticos em Brasília


 










O banqueiro Daniel Vorcaro promovia jantares para autoridades e líderes partidários em uma mansão avaliada em R$ 36 milhões no Lago Sul, área nobre de Brasília. Em ao menos um desses encontros, no último trimestre do ano passado, esteve presente o ministro do STF Alexandre de Moraes.

À época, já estava em vigor um contrato de R$ 129 milhões entre o Banco Master e o escritório da advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro. Moraes participou do jantar desacompanhado e conversou com políticos do Centrão, deputados, ex-ministros e o anfitrião.

A mansão, com 1,7 mil m² de área construída em um condomínio fechado, tornou-se conhecida nos bastidores de Brasília como local de reuniões reservadas entre Vorcaro e figuras influentes da política. Entre os frequentadores citados estão o senador Ciro Nogueira e o deputado Hugo Motta. Vorcaro afirmava ser apenas inquilino do imóvel.

Neste fim de semana, novas informações da Receita Federal indicaram vínculos entre Vorcaro e a empresa Super Empreendimentos e Participações S.A., proprietária formal do imóvel, contrariando versões anteriores do banqueiro.

Vorcaro foi preso em novembro pela Polícia Federal durante a Operação Compliance Zero, que investiga a emissão de títulos de crédito considerados falsos. A apuração, iniciada em 2024 a pedido do MPF, aponta suspeitas de gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa.

Com informações de O Globo

Ministério da Cultura usa novas regras de fiscalização para livrar empresa suspeita de fraude milionária na Lei Rouanet


 














Um parecer do Ministério da Cultura, de novembro, reconheceu que expirou o prazo para análise das prestações de contas de projetos de uma empresa suspeita de fraudes na aplicação de R$ 39,8 milhões da Lei Rouanet, segundo reportagem do Estadão. O documento, anexado a um processo judicial, cita novas regras da pasta para fiscalização dos gastos culturais.

A empresa Parnaxx, do Paraná, usou as normas editadas em 2024 e 2025 para pedir o encerramento de processos, alegando prescrição. Auditoria do TCU apontou que essas mudanças afrouxaram os controles.

A Parnaxx captou cerca de R$ 66 milhões via leis de incentivo em ao menos 37 projetos; 16 deles, somando R$ 39,8 milhões, ainda têm contas em análise.

A empresa afirma que não se recusou a prestar informações e busca eliminar “insegurança jurídica”. O Ministério da Cultura não comentou o caso. A aplicação dos recursos é investigada por PF e MPF.

Embora a PF tenha indicado ausência de desvio intencional, a CGU apontou irregularidades, como notas fiscais inválidas, duplicidade de documentos, serviços não prestados, autopagamentos, falhas em contrapartidas e indícios de contorno de vedações legais. A Controladoria recomendou rejeição de despesas e possível inabilitação de responsáveis.

Caso Master: sigilo alimenta especulação sobre envolvidos, diz especialista


 














A liquidação extrajudicial do Banco Master, decretada pelo Banco Central, extrapolou o campo técnico e passou a integrar o debate político nacional. O episódio vem sendo explorado por diferentes espectros ideológicos, ampliando a repercussão do caso em Brasília.

Para o cientista político Cristiano Noronha, vice-presidente da Arko Advice, o sigilo determinado pelo ministro Dias Toffoli, do STF, e a decisão de realizar uma acareação — contrariando o entendimento da Polícia Federal — acabam fomentando dúvidas sobre possíveis envolvidos. Segundo ele, esse conjunto de medidas cria um ambiente propício à especulação. A entrevista foi concedida no Agora CNN.

Além disso, Noronha observa que o tema ganhou contornos políticos com manifestações públicas defendendo a compra do Banco Master pelo BRB, instituição financeira estatal. A revelação de que o escritório da advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, mantinha contrato com o banco também passou a ser explorada pela oposição, reacendendo pedidos de impeachment.

Ao avaliar a postura do governo federal, que tem evitado embates diretos e reforçado o discurso de autonomia do Banco Central, o especialista considera a estratégia adequada. Para ele, o distanciamento reduz o risco de o Executivo ser acusado de interferência ou de tentativa de blindagem caso surjam novos desdobramentos envolvendo figuras do meio político ou jurídico.

Com informações da CNN

Travada por habeas corpus, CPMI do INSS falha em atingir políticos e agora mira bancos e consignados


 















A CPMI do INSS terminou 2025 sem avançar sobre o núcleo político das fraudes bilionárias contra aposentados. Após quatro meses de trabalho, a comissão esbarrou em uma série de habeas corpus concedidos pelo STF, não conseguiu aprovar convocações de aliados do governo e encerrou o ano prometendo mudar o foco para os bancos e os empréstimos consignados a partir de fevereiro de 2026.

Na prática, a base governista conseguiu barrar requerimentos que envolviam nomes próximos ao presidente Lula, como o empresário Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, e o advogado-geral da União, Jorge Messias. Também foram rejeitadas convocações de investigados e denunciantes ligados ao esquema, enquanto pedidos de quebra de sigilo de políticos aliados foram sistematicamente derrotados na comissão.

O avanço da CPMI foi ainda mais limitado pela atuação do Supremo. Ao menos 21 habeas corpus foram concedidos a investigados, garantindo o direito ao silêncio ou a ausência em depoimentos. Entre os beneficiados estão empresários apontados como operadores centrais da chamada “Farra do INSS”, suspeita de desviar até R$ 6,3 bilhões em descontos ilegais desde 2019.

Sem conseguir romper a blindagem política, a CPMI pretende concentrar esforços em 2026 nos bancos responsáveis pelos empréstimos consignados, que, segundo integrantes da comissão, chegam a impor juros de até 22% a aposentados. A expectativa é pedir a suspensão de contratos suspeitos e ampliar a investigação sobre o papel das instituições financeiras no esquema.

Com informações do Metrópoles

Ao lado de Zelensky, Trump diz que conversas de paz entre Rússia e Ucrânia estão na fase final


 















O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que Rússia e Ucrânia estão no estágio final das negociações para um plano de paz. A declaração foi feita ao lado do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, antes de uma reunião entre os dois na Flórida.

“Ou isso termina agora ou vai se prolongar por muito tempo, com milhões de mortes”, disse Trump, ao afirmar que acredita em um avanço rápido. Segundo ele, as conversas são difíceis, mas caminham para um acordo, com apoio de países europeus.

Trump afirmou que ainda não há prazo para o fim da guerra, iniciada em fevereiro de 2022, mas disse que um acordo de segurança “forte” está em discussão e que a Ucrânia será beneficiada economicamente.

Zelensky agradeceu a mediação americana e disse que trabalha em garantias de segurança para o país. Ele evitou comentar sobre possíveis concessões territoriais à Rússia, mas afirmou que pretende discutir com Trump o futuro da região de Donbas.

Antes do encontro, Trump revelou ter tido uma ligação “muito produtiva” com o presidente russo Vladimir Putin. O Kremlin informou que os dois líderes não apoiam um cessar-fogo temporário antes de um acordo definitivo e que a Ucrânia precisa tomar uma decisão sobre os territórios disputados.

Lula prepara debandada no ministério e deve liberar mais da metade da Esplanada para 2026

 


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já admite que 2026 será decisivo para seu projeto político e, por isso, deve autorizar a saída de ao menos 22 ministros para disputar as eleições. A declaração foi feita em dezembro de 2025, durante reunião na Granja do Torto, quando Lula chamou o próximo pleito de “ano da verdade” e cobrou que quem deixar o governo “ganhe o cargo que vai disputar”. O prazo legal de desincompatibilização termina em abril, seis meses antes do primeiro turno.

Caso o número se confirme, a debandada atingirá cerca de 56% dos 39 ministros atuais, superando proporcionalmente as saídas registradas nos governos Bolsonaro, Temer e Dilma. Lula tenta o quarto mandato no Planalto e pressiona seus auxiliares por compromisso político, ao mesmo tempo em que prepara uma reforma profunda no primeiro escalão para acomodar aliados e recompor forças no Congresso.

Entre os nomes mais cotados para deixar o governo estão figuras centrais da administração. Gleisi Hoffmann deve disputar a Câmara pelo Paraná; Rui Costa é apontado como candidato ao Senado pela Bahia; Fernando Haddad avalia concorrer ao governo ou ao Senado em São Paulo; e Simone Tebet e Márcio França também aparecem com planos eleitorais. O Centrão concentra parte relevante dessas movimentações, especialmente em disputas ao Senado.

Na reunião, Lula também cobrou definição dos partidos que ainda mantêm posição ambígua sobre sua reeleição, com recados diretos ao PSD, MDB e Republicanos. Segundo o presidente, 2025 será “o ano da colheita”, enquanto 2026 exigirá alinhamento total do governo e de seus aliados para sustentar o projeto de continuidade no poder.

Com informações do Poder360


Geral Banco Central avalia entrar com mandado de segurança no STF para evitar acareação no caso Master

 


O Banco Central estuda recorrer ao STF contra a participação de um de seus diretores na acareação determinada pelo ministro Dias Toffoli no caso que investiga o Banco Master. A área jurídica do BC avalia a apresentação de um mandado de segurança, segundo fontes ouvidas pela Folha.

No sábado (27), Toffoli reafirmou a realização da acareação e a presença do diretor de Fiscalização do BC, Aílton de Aquino, embora tenha destacado que nem o Banco Central nem o dirigente são investigados. A audiência está marcada para terça-feira (30).

O BC havia pedido esclarecimentos sobre a condição em que Aquino foi convocado — se como testemunha, acusado ou parte ofendida. No despacho, Toffoli afirmou que a participação do regulador é relevante para esclarecer fatos ligados à atuação da autoridade supervisora.

A decisão, no entanto, reforçou questionamentos jurídicos, já que a acareação é um instrumento típico da produção de prova criminal e costuma envolver apenas investigados.

Além de Aquino, Toffoli convocou o banqueiro Daniel Vorcaro, dono do Master, e Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB. O objetivo do ministro é esclarecer quando o BC tomou conhecimento das suspeitas, como atuou na fiscalização e se houve falhas no processo.