segunda-feira, 16 de junho de 2025

Homem é detido após agredir esposa na frente do filho em Arapuã


 












A Polícia Militar (PM) prendeu um homem de 33 anos após um caso de violência doméstica em Arapuã, na tarde de domingo.

Segundo a PM, a vítima relatou que o marido chegou em casa embriagado, discutiu e a agrediu com um tapa no rosto. Em seguida, jogou as roupas dela na rua e a ameaçou.

A vítima contou que o filho do casal, de 4 anos, presenciou toda a violência. O agressor também teria dito, se ela voltasse para casa, “iria ver só”.

Após o relato, os policiais deram voz de prisão ao homem, que colaborou e foi levado sem algemas até a Central de Flagrantes da Polícia Civil, para as medidas legais cabíveis ao caso.

Identificado os dois homens que morreram em acidente em Ivaiporã


 












Foi identificado como Salvador Raimundo Lino, de 61 anos, conhecido como Dô e Cleilton Rodrigues de Souza, de 32 anos, os dois homens que morreram em um acidente em Ivaiporã. O carro em que eles estavam caiu em um rio na estrada de Santa Bárbara, perto da pista de pouso da cidade.

Segundo informações, desportistas, eles passaram o sábado (14) à tarde e à noite acompanhando a final do Campeonato do Vani. Quando voltavam para casa, passando o Pesqueiro Castelinho, o motorista, Salvador, perdeu o controle do VW Gol prata 1.0 e caiu no rio.

O acidente só foi descoberto na manhã de domingo (15), quando a Polícia Militar foi acionada. A PM acionou o Corpo de Bombeiros logo após receber o chamado no domingo (15) por volta das 11h30.

Quando os bombeiros chegaram ao local, encontraram as vítimas já sem vida dentro do carro. Os corpos foram retirados do veículo e levados ao Instituto Médico-Legal (IML) de Ivaiporã.

A PM também prestou apoio na ocorrência. As circunstâncias que levaram ao acidente estão sendo apuradas

Dois homens são presos por roubar privada de ouro de quase R$36 milhões


 














Dois homens foram presos por roubarem um vaso sanitário de ouro de 18 quilates. Considerado uma obra de arte, o item fazia parte de uma exposição inglesa do Palácio de Blenheim, onde nasceu Winston Churchill.

Intitulado “America” pelo artista italiano Maurizio Cattelan, o vaso sanitário foi roubado em 2019 na sede da família Churchill, no sul da Inglaterra, importante atração turística e Patrimônio Mundial da Unesco.

Em fevereiro, o promotor Julian Christopher disse aos jurados no início do julgamento que um grupo de cinco homens havia dirigido dois veículos roubados pelos portões de madeira trancados no terreno do palácio antes do amanhecer de 14 de setembro de 2019.

Eles entraram por uma janela, quebraram uma porta de madeira, arrancaram o vaso sanitário da parede e saíram depois de cinco minutos no prédio.

A privada, que pesava 98 quilos, tinha um seguro de US$6 milhões (cerca de R$ 33 milhões, na cotação atual). Segundo os promotores do caso, ele foi provavelmente dividido em quantidades menores de ouro para ser vendido. Nenhum quilate foi recuperado.

James Sheen, de 40 anos, havia se declarado culpado antes do julgamento por roubo, conspiração para converter ou transferir ouro e conversão ou transferência de ouro.

Michael Jones, de 39 anos, foi considerado culpado de roubo por um júri, após ter se declarado inocente.

O juiz Ian Pringle disse que a dupla desempenhou papéis importantes no “roubo ousado e descarado”, embora tenha afirmado que não podia ter certeza de que Jones estava presente durante o roubo.

Sheen foi condenado a quatro anos de prisão, com a sentença começando no final de uma pena de prisão separada de quase 20 anos que ele atualmente cumpre por uma série de outros roubos.

Jones foi condenado a 27 meses de prisão.

g1

Com 168 milhões de ameaças, Brasil está entre os países mais atacados por malwares em 2024


 












O Brasil é o sexto país com o maior volume de ameaças de malware no mundo, segundo o relatório “Trend Micro Cyber Risk Report 2025″. Um malware é qualquer software projetado com a intenção de causar danos, roubar informações ou obter acesso não autorizado a sistemas digitais. Durante 2024, foram detectadas mais de 168 milhões de ameaças no país.

O Brasil ficou atrás de Japão, Estados Unidos, Índia, Alemanha e Taiwan. Segundo Flávio Silva, diretor técnico da Trend Micro Brasil, plataforma de cibersegurança, o relatório mostra a crescente sofisticação das ameaças cibernéticas.

Ele diz que a posição de destaque do Brasil no ranking global não é uma surpresa. “Historicamente, o Brasil tem sido um dos países mais visados por cibercriminosos, devido à sua grande população conectada e à rápida digitalização de serviços financeiros e governamentais”, explica.

Para o especialista, “a combinação de uma vasta superfície de ataque com lacunas na maturidade de segurança cibernética contribui para essa posição de destaque no ranking de países mais atacados”.

“O Brasil é um país que tende a adotar tecnologias emergentes de forma rápida, aumentando a superfície de ataques. Diante disso, o país tem sido alvo de ataques cibernéticos sofisticados que visam setores críticos, como transporte e manufatura“, completa Silva.

O estudo também identificou mudanças no perfil das ameaças. Conforme as informações, os ataques com ransomware aumentaram, e as “campanhas” de phishing tornaram-se mais sofisticadas.

Ransomware

Nesse tipo de ataque, os invasores sequestram dados corporativos por meio de criptografia e exigem o pagamento de resgates para restabelecer o acesso às informações.

Phishing

Consiste no envio de mensagens falsas, muitas vezes disfarçadas como comunicações legítimas, visando enganar usuários e obter credenciais, instalar malware ou acessar dados sensíveis.

Soluções

Quando o objetivo é mitigar riscos digitais, Flávio Silva alerta que a visibilidade dos ativos digitais também é essencial. “A visibilidade completa dos ativos digitais permite identificar pontos vulneráveis e priorizar ações de mitigação”, explica.

Segundo Flávio Silva, apesar dos desafios, há avanços. “Observamos uma evolução positiva, com mais empresas reconhecendo a importância da cibersegurança como parte estratégica do negócio. No entanto, ainda há um caminho a se percorrer, especialmente na adoção de práticas proativas e na integração de segurança desde o início dos projetos.”

R7

Irã suspende negociação com os EUA sobre acordo nuclear


 












O Irã anunciou que as negociações sobre o acordo nuclear com Estados Unidos estão suspensas até que Israel cesse os ataques ao país. Uma nova rodada de negociações estava marcada para domingo (15) em Mascate, capital de Omã.

A informação foi confirmada pelo ministro das Relações Exteriores omani, Badr Albusaidi, no X (antigo Twitter). “No entanto, a diplomacia e o diálogo continuam sendo o único caminho para uma paz duradoura”, disse.

Ofensiva israelense

A ofensiva de Israel começou na 5ª feira (12.jun.2025) –madrugada de 6ª feira (13.jun), no horário local, durante negociações diplomáticas entre EUA e Irã sobre o programa nuclear iraniano.

Tel Aviv alega que o país persa está avançando na construção de armas nucleares, o que considera uma ameaça direta à sua existência.

A Guarda Revolucionária do Irã afirmou que os ataques tinham como alvo instalações militares israelenses usadas para bombardear o território iraniano.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse em mensagem gravada na 6ª feira (13.jun) que o país não permitirá que Israel “escape com segurança” do “grande crime” que cometeu.

Já o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (Likud), prometeu que a campanha militar vai durar “o tempo que for necessário” e pediu que a população se prepare para um período difícil.

Em vídeo publicado na noite de 6ª feira (13.jun), Netanyahu declarou que o Irã “nunca esteve mais fraco” e que a operação Leão Ascendente tem como objetivo conter a ameaça iraniana à sobrevivência de Israel. Segundo o primeiro-ministro, os planos para o ataque foram traçados no ano passado, depois da morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, aliado do Irã no Líbano. A ofensiva estava prevista para abril, mas foi adiada.

O confronto atual representa a escalada mais intensa em décadas nas relações entre Irã e Israel, elevando os temores de um conflito regional mais amplo, com possível envolvimento dos EUA e de outras potências globais.

Poder 360

Trump diz que responderá com ‘força total’ caso Irã ataque os EUA: ‘Níveis nunca antes vistos’


 















O presidente Donald Trump alertou o Irã neste domingo que o país enfrentaria o que seria a “força total” das Forças Armadas dos Estados Unidos caso atacasse o país e enfatizou que Washington “não tem nada a ver” com os ataques de Israel às instalações nucleares de Teerã.

“Se formos atacados de qualquer forma pelo Irã, toda a força e poder das Forças Armadas dos Estados Unidos recairão sobre vocês em níveis nunca antes vistos”, disse Trump. Ele acrescentou que poderia “facilmente” chegar a um acordo entre Irã e Israel e “encerrar este conflito sangrento!”

A operação lançada por Israel na sexta-feira atingiu instalações nucleares e militares iranianas, matando dezenas de pessoas, incluindo comandantes militares de alto escalão e cientistas nucleares, segundo Teerã.

Irã lança mais de 100 mísseis balísticos, explosões atingem Tel Aviv, e Israel emite alerta à população

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu atacar “todos os alvos do regime dos aiatolás”, e o Irã respondeu com o lançamento de uma série de mísseis. Na sexta-feira, o presidente dos EUA instou Teerã a chegar a um acordo ou enfrentar ataques “ainda mais brutais” de Israel.

Durante seu primeiro mandato, um acordo nuclear histórico com o Irã, negociado pelo ex-presidente Barack Obama, foi suspenso em 2018, quando Trump retirou unilateralmente os Estados Unidos e restabeleceu as sanções.

O Globo

Mendonça requisita informações à PF e outros órgãos sobre fraudes no INSS


 














O ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), mandou o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), a Controladoria-Geral da União, a Polícia Federal e o Tribunal de Contas da União enviarem informações sobre suspeitas de fraudes, omissões e práticas abusivas na aplicação de descontos em benefícios previdenciários.

Na ação, o Instituto Nacional de Direito das Pessoas com Deficiência Oceano Azul aponta práticas abusivas no INSS relacionadas a fraudes massivas por meio de descontos indevidos. Sustenta ainda que o órgão vem agindo com morosidade excessiva e que há falhas graves na prestação de informações aos segurados.

O relator listou 19 demandas que devem ser atendidas pelo INSS. Entre elas, o instituto deve apresentar o número de pedidos de cancelamento de descontos protocolados a partir de 24/4/2025 e responder se há um canal de atendimento específico para receber esses pedidos.

À CGU e ao TCU, o ministro solicitou cópias dos processos já abertos ou em andamento que investiguem fraudes em descontos feitos nos benefícios do INSS e a demora no atendimento de pedidos de aposentadorias e auxílios. Também quer saber que alertas foram enviados pelo órgão ao INSS sobre essas irregularidades.

Já à PF, Mendonça determinou que encaminhe informações sobre inquéritos em curso relacionados ao tema, incluindo quais entidades, entre sindicatos, instituições financeiras e associações, estão sendo investigadas.

Suspensão

Na última sexta-feira (14), em uma ação cautelar de urgência, a AGU pediu ao STF a suspensão de todos os processos judiciais relacionados à responsabilização da União e do INSS pelos descontos indevidos feitos na folha de pagamento de aposentados e pensionistas.

O pedido foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da AGU, Jorge Messias.

Além das ações em curso, também foi solicitado ao STF a perda da eficácia dos processos que já tiveram alguma sentença. Segundo a AGU, a medida é necessária para preservar a capacidade administrativa do INSS de processar os pedidos de restituição.

R7

Em 8 idas ao G7, Lula reclamou do grupo e teve sugestões ignoradas


 














O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa a partir de segunda-feira (16) da 51ª Cúpula do G7, grupo que reúne os 7 países mais industrializados do mundo. Essa será a 9ª participação em encontros do grupo nos 11 anos à frente do Palácio do Planalto.

Lula exalta os convites por entender ser um reconhecimento internacional de seu governo e da importância do Brasil no cenário global. Apesar disso, o presidente costuma vocalizar em reuniões do G7 propostas que nem sempre vão para frente. O Poder360 fez uma pesquisa sobre o tom dos discursos do petista e o que aconteceu na sequência.

Em 8 participações, Lula não fechou acordos bilaterais, o que não é foco da cúpula. O petista manteve reuniões com líderes dos 7 países do grupo –Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, mas falhou em conseguir incluir sugestões nas declarações finais da cúpula.

A relação de Lula com o G7 foi marcada por frustrações e cobranças. Desde sua 1ª participação, em 2003, na França, o líder brasileiro criticou o que considera ser a exclusão de economias emergentes dos principais debates globais. Na ocasião, defendeu a criação de um fundo mundial de combate à fome, proposta que acabou não sendo acatada.

Foto: Poder 360

Em 2005, no Reino Unido, Lula voltou a insistir no combate à pobreza, destacando a urgência de aumentar a ajuda à África. Embora o grupo tenha prometido destinar US$ 50 bilhões até 2010, a promessa não foi cumprida integralmente e só um valor reduzido foi acordado posteriormente, na cúpula de 2009.

Nas duas últimas idas em sua 1ª passagem no Executivo, o petista intensificou sua campanha pela ampliação do grupo e alegou que o então G8 estava perdendo importância. Em 2008 cobrou mais diálogo entre os países industrializados e o G5, grupo de economias emergentes formado com África do Sul, China, Índia e México. No ano seguinte, disse que as discussões econômicas deveriam ser concentradas no G20, do qual o Brasil faz parte.

De resultado concreto nessas duas ocasiões, em 2008 foi possível obter algum consenso na defesa da eliminação dos subsídios agrícolas, uma pauta que Lula já levantava desde a reunião de 2005. Na cimeira de 2009, saiu mais otimista depois de uma reunião com o então presidente dos EUA, Barack Obama, que sinalizou avanços em negociações climáticas, embora o acordo só tenha se concretizado na COP21 de Paris em 2015.

Lula foi reeleito à Presidência da República em 2022. Já no 1º ano de volta ao governo, foi convidado pelo premiê japonês Fumio Kishida para a cúpula do G7 no país. Depois de 14 anos, o discurso crítico e o pedido de mudanças se manteve. Sem resultado.

No Japão, o presidente fez críticas aos “blocos antagônicos” e cobrou maior comprometimento dos países ricos no combate às mudanças climáticas. Além disso, defendeu uma reforma no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) e tentou promover uma reunião com Volodymyr Zelensky, líder da Ucrânia, que acabou não se concretizando.

Ano passado, na Itália, Lula voltou a defender que os diálogos pela paz na Ucrânia incluíssem a Rússia, algo que não foi acolhido pelo grupo, que manteve seu apoio a Kiev e incluiu a questão no documento final.

O presidente brasileiro também criticou o aumento dos gastos militares dos países mais ricos, mas a tendência global é de aumento. A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), capitaneada pelos EUA, discute a possibilidade de os países integrantes elevarem os gastos em defesa de 2% para 5% do PIB (Produto Interno Bruto).

Agora, em 2025, Lula chega contrariado à 51ª Cúpula do G7, com uma trajetória marcada por críticas constantes ao modelo de governança global representado pelo grupo. Apesar das divergências, sua presença sinaliza que, mesmo desconfortável, o Brasil segue buscando espaço nas grandes discussões multilaterais.

A reunião será realizada a partir deste domingo (15.jun) e termina na 3ª feira (17.jun) em Kananaskis, na província de Alberta (Canadá). Além do Brasil, foram convidados para a cúpula: África do Sul, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Índia, México e Ucrânia. Segundo o governo brasileiro, os temas da reunião serão segurança energética e preservação de florestas.

Lula no Canadá

Lula embarca de Brasília para o Canadá na 2ª feira (16.jun), às 8h. Chega no fim da tarde no horário local. A agenda do 1º dia inclui apenas um jantar de boas-vindas. Na 3ª feira (17.jun), o chefe do Executivo brasileiro participa da foto oficial dos países integrantes e convidados e do debate geral. Lula deve retornar ao Brasil na noite do mesmo dia.

A única bilateral confirmada é com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney (Partido Liberal, centro-esquerda). Outras reuniões com chefes de governo, se houver, se darão depois do encerramento da cúpula.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky , pediu um encontro particular com o petista, mas a reunião ainda não foi marcada. De acordo com o Itamaraty, Lula está disposto a encontrar o líder ucraniano. Os diplomatas dizem que tentam achar um tempo na agenda do presidente. Se for realizada, será a 2ª reunião privada entre Lula e Zelensky. A 1ª foi realizada em Nova York, em 2023.

O presidente brasileiro deve se avistar com Donald Trump somente na reunião ampliada do grupo. Não há previsão de reunião bilateral entre os 2.

Poder 360

Lula ouve cobrança por emendas em reunião com Motta e Lira sobre pacote de aumento de impostos


 













O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recorreu ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e ao ex-presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL) para tentar debelar a rebelião dos parlamentares contra o pacote de aumento de impostos apresentado pelo governo para reduzir o déficit nas contas públicas.

O recado dado ao presidente da República foi de que as insatisfações no Congresso com o governo são enormes por causa de acordos não cumpridos, da insistência em aumento da carga tributária sem corte de despesas e, principalmente, pela demora na execução das emendas parlamentares ao Orçamento.

A reunião foi convocada por Lula após a cúpula da Câmara indicar ao governo que a MP (medida provisória) de alta de impostos não deve avançar no Congresso se não houver uma mudança de rota do Palácio do Planalto com a apresentação de outras medidas de corte de despesas.

Motta pautou para segunda-feira (16) a votação do requerimento de urgência para acelerar o projeto que pode sustar a eficácia do decreto que elevou as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Também participaram do encontro deste sábado os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais), mas Fernando Haddad (Fazenda) não foi chamado, embora o assunto fosse o pacote fiscal. Procurada, a Fazenda não comentou.

Na conversa, Lula buscou entender os motivos pelos quais Motta classificou como “histórica” uma reunião com Haddad no domingo à noite para discutir medidas alternativas à alta do IOF e, no dia seguinte, criticou as propostas e cobrou que o governo cortasse gastos.

O presidente da Câmara respondeu que atendeu a um pedido da maioria dos partidos, que representam mais de 300 deputados, para incluir a urgência na pauta e que alertava desde o início de sua gestão sobre o esgotamento do clima no Congresso e na sociedade para novas medidas de aumento de impostos.

Também haveria desconforto com a inclusão na MP de propostas que não estavam discutidas, como uma trava ao uso de compensações tributárias, e da falta de iniciativas mais estruturantes para redução de despesas no médio e longo prazo.

O que não seria viável, segundo o presidente da Câmara, é o Congresso enfrentar novo desgaste no ano pré-eleitoral para apenas tapar um buraco, sem atacar os problemas de crescimento das despesas. Ele lembrou da votação do pacote fiscal no fim do ano e destacou que “não dá para discutir um novo pacote a cada três meses”.

O presidente da Câmara, no entanto, teria afirmado que o governo terá quatro meses para negociar o conteúdo da MP e que parte das iniciativas pode ser aprovada, como mudanças no Atestmed, de liberação de auxílio-doença do INSS sem passar por perícia, e no seguro defeso para combater fraudes na concessão de benefícios assistenciais.

Para essas medidas prosperarem, no entanto, Motta e Lira cobraram que o governo acelere a execução e o pagamento das emendas parlamentares ao Orçamento. Hoje, ressaltaram, os líderes dos partidos não têm condições de pedir apoio ao governo em suas bancadas porque o clima com o Executivo é péssimo.

Eles comentaram que estão na Câmara há 15 anos e que é a primeira vez que o governo chega ao meio do ano sem liberar praticamente nenhuma emenda parlamentar.

Até agora, o Executivo só empenhou (jargão técnico para a primeira etapa da execução orçamentária, com a reserva de dinheiro) R$ 85 milhões de R$ 50,4 bilhões previstos para 2025 –o que representa 0,1% do total.

Além disso, reclamam que os recursos das emendas de relator e de comissão continuam paralisados, mesmo após o Congresso aprovar atas com os nomes dos autores. Essas verbas foram criticadas pela falta de transparência sobre os padrinhos políticos e viraram alvo do STF (Supremo Tribunal Federal), que só desbloqueou a execução em fevereiro.

Gleisi justificou na reunião que o próprio Congresso atrasou a votação do Orçamento, que só ocorreu em março, e que ainda é preciso adaptar as regras internas para liberação dos recursos às decisões do STF.

Antes, por exemplo, bastava fazer as transferências das chamadas emendas Pix direto para a conta das prefeituras. Agora, é necessário que o prefeito apresente um plano de trabalho, que será analisado pela União antes do repasse.

Outros pontos de desconforto do Congresso, contou a cúpula da Câmara ao presidente, são a demora para pagar as verbas extras prometidas para quem votasse a favor do pacote de ajuste fiscal em dezembro e a reclamação dos prefeitos com as obras paradas e cortes. Isso faz com que novas promessas sejam vistas com ceticismo.

Ao fim do encontro, Motta prometeu conversar com os líderes dos partidos nesta segunda para avaliar a situação e fazer um balanço das promessas do governo, mas não indicou que recuará de pautar a urgência ao projeto de decreto legislativo na segunda-feira.

Já Gleisi se comprometeu a agilizar a liberação das emendas parlamentares e empenhar pelo menos R$ 600 milhões neste fim de semana para melhorar o ambiente.

Procurados, Motta, Lira, Gleisi e o Planalto não comentaram. Lula saiu da reunião para o lançamento de um sistema de alertas da Defesa Civil para municípios da região Nordeste, mas não falou sobre o encontro ou as medidas de alta da arrecadação no discurso.

Folha de S.Paulo